Quando as sociedades mudam de tal forma que os velhos paradigmas já não lhes dão resposta, a solução, parecem acreditar os Gestores, está na inovação. Foi o que leram nuns livros..
Acontece que a Inovação requer um esforço de transformação; logo as organizações, em toda a linha precisam de estar convencidos que a Gestão de Topo está seriamente disponível e empenhada em considerar novas maneiras de abordar e fazer acontecer as coisas.
É, portanto, vital que os "líderes da inovação" tenham um mandato claro, com meios e "empowerment". Mais do que isso, a Gestão de topo necessita sinalizar a sua intenção, caso contrário os outros executivos tenderão fatalmente a focalizarem-se na sua própria agenda (e no curto prazo...) mais do que no que é estratégico e estruturante. A tentação é para olharem a "Inovação" do ponto de vista instrumental: "que inovações podem ajudar-me a atingir os meus objectivos?" A resposta a esta pergunta leva sempre a inovações do tipo incremental, não às que vencem o paradigma e criam novas categorias...
Se a inovação é estratégica o próprio conceito de Inovação tem que ser "estruturante": a inovação não é só "novos produtos": Uma organização inovadora inova em produtos, no serviço, em processos, na maneira como se relaciona e se relacionam entre si os seus empregados, na abordagem aos seus mercados, na postura como se apresenta à comunidados... É todo um "mind set"!
Inevitavelmente vai mexer "em muitos quejos"!