O sistema educativo (não só português, mas de todo o ocidente) tem um desafio enorme pela frente: quer preparar-se para um novo paradigma de economia que ninguém sabe o que será, ao mesmo tempo que quer manter nos alunos a sua identidade cultural, num mundo cada vez mais global.
Com um sistema educativo desenhado no século XVIII, concebido para responder aos desafios da Revolução Industrial, vivemos hoje num mundo sempre ligado, com miúdos hiperestimulados com computadores, iPhones, consolas de jogos e centenas de canais de TV que tornam aborrecidas matérias ensinadas na perspectiva de que só há uma verdade que cada um tem que saber (sem copiar!) num teste de avaliação individual. Contra natura numa sociedade de partilha, cada vez mais colaborativa e a valorizar o trabalho em equipa...
Numa escola de "respostas certas / respostas erradas" a capacidade de ter um pensamento criativo, ou divergente vai diminuindo conforme vamos sendo "educados" e com isso vai sendo atrofiada a capacidade de Inovação, de formular questões, de encontrar novas respostas a questões sempre novas... Desaparece o desassombro, afogado na convergência de pensamento :(
Vejam esta excelente animação de uma das palestras do Ken Robinson
Público - Aceitamos a diversidade nos restaurantes, na arquitectura. Por que não na escola?
Público - Aceitamos a diversidade nos restaurantes, na arquitectura. Por que não na escola?
"..para um país como Portugal, o futuro da economia será construído a partir do génio do povo, da sua criatividade em criar novas empresas, novos trabalhos, novas infra-estruturas. A criatividade é o coração de tudo isso, do descobrir novas oportunidades...Todo o crescimento económico tem por base o engenho humano. Quanto mais pudermos inovar, melhor!"
Neste excerto sobre Portugal Ken Robinson, conhecido sobretudo pelas suas ideias inovadoras em relação à educação, descreve os sistemas educativos ocidentais como assentes em conceitos de eficiência como se da indústria automóvel se tratasse... esquecendo : "O ELEMENTO" aquele estado em que se juntam as coisas que adoramos fazer com as coisas em que somos bons". É neste ELEMENTO que a criatividade tem o seu terreno. Não em escolas com um clima de medo e desânimo entre os professores (a "Educação" são sobretudo os professores, não o Ministério) e todo um sistema educativo orientado para as estatísticas...
Como muito se tem falado em Portugal Ken defende também que "o futuro depende da capacidade de inovar, criar novos tipos de emprego, novas oportunidades. É o que a China, Singapura, Hong Kong estão a fazer: investir na criatividade, na inovação, nas novas ideias. A criatividade permite desenvolver a imaginação, dá poder para pensar de maneira diferente."
Foto de Pedro Cunha, in "Público" |
Neste excerto sobre Portugal Ken Robinson, conhecido sobretudo pelas suas ideias inovadoras em relação à educação, descreve os sistemas educativos ocidentais como assentes em conceitos de eficiência como se da indústria automóvel se tratasse... esquecendo : "O ELEMENTO" aquele estado em que se juntam as coisas que adoramos fazer com as coisas em que somos bons". É neste ELEMENTO que a criatividade tem o seu terreno. Não em escolas com um clima de medo e desânimo entre os professores (a "Educação" são sobretudo os professores, não o Ministério) e todo um sistema educativo orientado para as estatísticas...
Como muito se tem falado em Portugal Ken defende também que "o futuro depende da capacidade de inovar, criar novos tipos de emprego, novas oportunidades. É o que a China, Singapura, Hong Kong estão a fazer: investir na criatividade, na inovação, nas novas ideias. A criatividade permite desenvolver a imaginação, dá poder para pensar de maneira diferente."
UMA PÁGINA DE FÃS NO FACEBOOK PARA QUÊ?!?!?
Estar nas redes sociais continua a ser moda! Às agências de publicidade e comunicação não param de chegar briefings neste sentido.
A questão é? Sabem porquê e para quê?
Estou a ficar com a sensação que a maioria das marcas não percebeu ainda o que é o "go social". As redes sociais não são uma maneira mais barata de transmitir conteúdos.
O conceito de "social" implica uma RELAÇÃO e portanto monólogos estão aqui fora de contexto. As marcas que querem estar nas redes sociais têm, antes de mais, de se preparar para criar relação, para interagir, para partilhar. As redes sociais não são uma maneira mais barata de fazer publicidade ou de publicar press releases!
Tenho a certeza que quem quiser ter uma postura relevante nas redes sociais precisa contar com um grupo muito grande de "adeptos internos".
A produção de conteúdos tem que ser constante e relevante o suficiente para provocar a interação.
Depois, não basta dispor das ferramentas de monitorização e análise. É preciso (muitas vezes em tempo real) estar atento ao feedback externo. É preciso responder a eventuais questões que se levantam.
É preciso identificar insights e oportunidades e integra-los com o Marketing, nas ferramentas de CRM, nos Estudos de Mercado, RP, Business Intelligence... agora! amanhã já ninguém quer saber do twit de hoje...
Posto neste termos parece-me improvável que a presença nas redes sociais possa ser tarefa de uma só pessoas. As empresas que terão presença significativa (leia-se positiva) nas redes sociais são aquelas que começaram este projecto com o alinhamento interno dos colaboradores, que os motivaram para os seus objectivos estratégicos, que conseguiram que eles vestissem a camisola para serem capazes de em qualquer rede social ou fórum partilhar a visão da Marca. A presença nas redes sociais só faz sentido enquanto decorrência de todo um novo paradigma.
Isto é muito mais que uma página de fãs no Facebook com posts insípidos e irrelevantes dia sim dia não...
eoublog |
Estou a ficar com a sensação que a maioria das marcas não percebeu ainda o que é o "go social". As redes sociais não são uma maneira mais barata de transmitir conteúdos.
O conceito de "social" implica uma RELAÇÃO e portanto monólogos estão aqui fora de contexto. As marcas que querem estar nas redes sociais têm, antes de mais, de se preparar para criar relação, para interagir, para partilhar. As redes sociais não são uma maneira mais barata de fazer publicidade ou de publicar press releases!
Tenho a certeza que quem quiser ter uma postura relevante nas redes sociais precisa contar com um grupo muito grande de "adeptos internos".
A produção de conteúdos tem que ser constante e relevante o suficiente para provocar a interação.
Depois, não basta dispor das ferramentas de monitorização e análise. É preciso (muitas vezes em tempo real) estar atento ao feedback externo. É preciso responder a eventuais questões que se levantam.
É preciso identificar insights e oportunidades e integra-los com o Marketing, nas ferramentas de CRM, nos Estudos de Mercado, RP, Business Intelligence... agora! amanhã já ninguém quer saber do twit de hoje...
Posto neste termos parece-me improvável que a presença nas redes sociais possa ser tarefa de uma só pessoas. As empresas que terão presença significativa (leia-se positiva) nas redes sociais são aquelas que começaram este projecto com o alinhamento interno dos colaboradores, que os motivaram para os seus objectivos estratégicos, que conseguiram que eles vestissem a camisola para serem capazes de em qualquer rede social ou fórum partilhar a visão da Marca. A presença nas redes sociais só faz sentido enquanto decorrência de todo um novo paradigma.
Isto é muito mais que uma página de fãs no Facebook com posts insípidos e irrelevantes dia sim dia não...
GERAÇÃO "G". Ganância ou generosidade?
Gekko Gordon volta, mas o mundo é muito diferente agora...
A falência das instituições, o terrorismo, a recessão económica... trouxeram o mundo para uma noção de realidade que deixa de apreciar o glamour dos milhões de WS. Está a instalar-se na sociedade um certo pudor consumista. Longe vão os anos da insana exibição do dinheiro gasto. A consciência do real dita hoje um consumo mais racional, a premência da poupança...
Hoje a "ganância" de Wall Street já não é tão sexy e a recessão trouxe a letra "G" para as antípodas da "generosidade".
Do lado das empresas a Responsabilidade Social começa a criar hábitos de Gestão relacionados com as preocupações ambientais e sociais (tanto com os empregados como com a comunidade em geral).
Ao mesmo tempo a sociedade "sempre ligada" em que vivemos favorece a partilha, o engagement e a colaboração.... Este novo modo de estar significa a troca do status do "ter" pelo "reconhecimento": a troca de status pela posse de um determinado carro, pelo reconhecimento dos "likes" no facebook, ou pelo nº de fãs ou page views de um blogue...
Esta é uma tendência que as empresas precisam ter em conta quando (re)pensam os seus negócios e as suas abordagens a clientes e consumidores.
Os consumidores perceberam as consequências económicas da "Ganância" - esta noção do real está a tornar a "GENEROSIDADE" num dos mindsets mais influentes em termos sociais e afastar o discurso do "Eu" para um discurso de "COMUNIDADE"...
A falência das instituições, o terrorismo, a recessão económica... trouxeram o mundo para uma noção de realidade que deixa de apreciar o glamour dos milhões de WS. Está a instalar-se na sociedade um certo pudor consumista. Longe vão os anos da insana exibição do dinheiro gasto. A consciência do real dita hoje um consumo mais racional, a premência da poupança...
Hoje a "ganância" de Wall Street já não é tão sexy e a recessão trouxe a letra "G" para as antípodas da "generosidade".
Do lado das empresas a Responsabilidade Social começa a criar hábitos de Gestão relacionados com as preocupações ambientais e sociais (tanto com os empregados como com a comunidade em geral).
Ao mesmo tempo a sociedade "sempre ligada" em que vivemos favorece a partilha, o engagement e a colaboração.... Este novo modo de estar significa a troca do status do "ter" pelo "reconhecimento": a troca de status pela posse de um determinado carro, pelo reconhecimento dos "likes" no facebook, ou pelo nº de fãs ou page views de um blogue...
Esta é uma tendência que as empresas precisam ter em conta quando (re)pensam os seus negócios e as suas abordagens a clientes e consumidores.
Os consumidores perceberam as consequências económicas da "Ganância" - esta noção do real está a tornar a "GENEROSIDADE" num dos mindsets mais influentes em termos sociais e afastar o discurso do "Eu" para um discurso de "COMUNIDADE"...
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