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Unfriend! Desamigar em português!

Unfriend é, desde Novembro, uma nova palavra do New Oxford American Dictionary. A palavra do ano tem como tradução em português: desamigar que significa retirar a alguém ligado a nós numa rede social da Internet o seu estatuto de amigo.

Passada a 1ª fase de "querer muitos amigos" no Facebook, verifica-se agora o esperado movimento inverso.

Já no princípio deste ano a Burger King tinha feito uma aplicação para explorar este momentum "O BK Whopper Sacrifice" foi uma aplicação FB que oferecia um cupão para um Whopper grátis. O que era preciso fazer? Eleger 10 amigos para "desamigar".

"Friendship is strong, but a BK Whopper is Stronger".
Detalhe perverso: em vez de se bloquear anonimamente alguém que só se aperceberia disso posteriormente, esta aplicação notificava o bloqueado: "Sorry! You've been sacrificed for a Whopper" e ainda aparecia no Feed para todos os outros ficarem a saber: Margarida sacrificed Zé dos Plásticos for a free Whopper." Giro!

Grande aposta no Viral, e no Buzz!

À boa maneira americana a celeuma cresceu e quando recebeu o cease-and-desist do Facebook o Burger King aproveitou o pretexto para criar e alimentar mais discussão online. O BK/ Whopper retirou a promoção do ar, entretanto, e em apenas uma semana criaram-se mais de 230.000 unfriends... a troco de um cupão de hamburger...
Buzz lançado. Mission accomplished! Teens e vintinhos cativados!

MOMENTOS PRECIOSOS

O velho paradigma da comunicação e da publicidade mudou e é sempre refrescante vermos bons exemplos portugueses pensados e implementados dentro do novo paradigma.
Deixo-vos aqui o exemplo de OMOURA que representa em Portugal as jóias de marcas como Chaumet, H.Stern e Dior. A plataforma inclui uma página de fãs "Momentos Preciosos" no FACEBOOK que, como acompanho, afirmo ser bem montada e bem gerida. Dentro deste novo paradigma a relação com clientes e consumidores tem que ser entendida numa perspectiva holística e sustentada.
Deste espírito nasce o "Momentos Preciosos paraMulheres de OURO", em parceria com a APAM/Cancro da Mama.
Todas as mulheres precisam de se sentir bonitas. Mesmo que não possamos usar um anel da H.Stern, é importante que, sobretudo em fases mais difíceis da vida, possamos contar com a nossa auto estima para nos "puxar para cima". Um mimo, por-se bonita, investir na aparência pode fazer toda a diferença nestes momentos. É marcante ver ourivesarias recolher peças de bijutaria para oferecer a mulheres com cancro da mama! A campanha começou no dia 14 de Novembro no Facebook e tem uma duração de QUATRO SEMANAS, terminando no próximo dia 12 de Dezembro. As joalharias mencionadas no site Omoura irão recolher as peças de bijutaria que lá formos oferecer até ao dia 12 Dezembro e após essa data serão entregues à APAMCM. Durante este período decorre também a campanha "doe 1€ à APAMCancroMama". Colabore o NIB é BPI 0010 0000 22602020 001 65

2020? Como será a media por essa altura?

Aqui está a visão do MOCOM 2020:

Aprender faz parte do processo - Gastar energia a tentar não errar ou a tentar conquistar?

Trabalhei numa empresa com mais de 1000 pessoas onde eu era a única que tinha dúvidas, mudava de opinião e até errava...
O medo que geralmente se tem em errar, admitir o erro, assumir que não se sabe, e aquela "chica espertice", sempre à espreita e a responder "não sei, mas acho que..." constitui o "pot pourri" que não nos deixa ter predisposição para aprender.
A aversão ao erro é igualmente crítica. As organizações estão pouco preparadas para assumirem os riscos decorrentes, por exemplo da Inovação. Tentar o que nunca foi feito, colocar a cabeça no cepo pelas ideias em que se acredita, defender uma linha estratégica com unhas e dentes são rasgos de coragem que as empresas não estimulam e por isso mesmo se vão afundando numa espiral nada virtuosa de velhas maneiras de fazer as coisas de sempre.
A energia é gasta a tentar não errar. A energia devia ser consumida a tentar conquistar!
Mas para isso é preciso ter o "mindset" que permita aceitar o erro, o insucesso sem que "seja o fim do mundo".
Em tempos de crise, com o paradigma social e económico em mudança, é preciso assumir que o erro faz parte do processo de desenvolvimento de competências. Se tudo está a mudar não adianta continuar a fazer como até aqui - aquilo que se sabe fazer. É preciso aprender coisas novas, e novas maneira de fazer.
Basicamente o desafio é tentar fazer acima do que já se sabe fazer. Se tivermos sucesso, desenvolvemos as nossas competências, se não, aprendemos durante o processo.

Bertrand & Tela Bags

Fui durante muito tempo fui a única pessoa que eu conhecia que lia a revista "LER". Não admira portanto que existissem imensas sobras...
A Bertrand aliou-se agora à Tela Bags e, da reciclagem de capas de livros, telas e revistas criou uma linha de "Revista Ler" que vende sacos, materiais para crianças e pastas.
A partir de amanhã (sábado, 14 Novembro) nas Livrarias Bertrand do Chiado, Centro Cultural de Belém, Amoreiras, Dolce Vita Coimbra e Gran Plaza no Porto.
Num mundo em que todas as fronteiras se esbatem e em que tudo está ligado a tudo, gosto de ver uma marca portuguesa de livros a dar sinais de ser capaz de inovações e de novas abordagens ao seu mercado.
Gosto da Bertrand!
PS: Podem ver mais sugestões no Facebook

POSICIONAMENTO "BARBIE"

Pode o consumo feminino tirar o mundo da crise?
É, pelo menos, o mercado de maior potencial. E isto não falando sequer no consumo que, não sendo tipicamente feminino, influenciam...
Contudo, as empresas continuam a subestimar esta abordagem.
Mesmo quando se supõem que tenham uma estratégia, esta é pouco mais do que "make it pink", assente em estereótipos mais do que batidos.
Até para vender laptops - foi o que fez a Dell, no Della. O que havia para vender: cores, muitas cores, acessórios, aos montes, dicas de dietas, receitas e contagem de calorias... Vá de corrigir a mão. Hoje é como se nunca tivesse existido... Como falhou tão estrondosamente este posicionamento?
No básico! Se vou parar ao site da Dell é porque? quero comprar um laptop! boa? Contar calorias? give me a break!
Eu quero produtos que respondam aos meus estados de necessidades.
Que me ajudem na minha vida multitask... so many things, so little time!
Quero tudo o que me faça poupar tempo, que seja adequado à minha anatomia e... bonito!
Quero tudo o que me ajude a harmonizar o meu trabalho, a família e a casa, e ainda ter tempo para ficar bonita!
Quero produtos pensados para fazer a minha vida funcionar.
Para uma mãe com 2 filhos a viver em Lisboa os cavalos de um utilitário (que vai andar quase todo o tempo nas filas de trânsito..) é de um interesse muito relativo... importante é que fosse fácil acomodar 2 cadeiras de criança. E que a bagageira estivesse concebida para arrumar os sacos de comprar do mês, e os tabuleiros de leite, e os pacotes de detergente...

Young ou "Young for Ever"?

Nos anos 80 e 90 os jovens - os "teen" eram o target (pelo menos "aspiracional) de quase tudo. A publicidade (e sobretudo a da Coca-cola) criou um "universo jovem" para o qual todos as marcas se precipitaram alegremente!
Bancos, automóveis, telecomunicações... tudo!
Na década em que vivemos, uma certa premência do "sentido do real" e de sustentabilidade e a busca de estilos de vida mais saudáveis, acabaram por cimentar a noção de que a nossa saúde e até a nossa juventude não são uma "fatalidade, de caras, mas, estão, em grande parte, na nossa mão, até porque grandes progressos técnicos passaram a permitir, hoje, manter uma aparência jovem até muito mais tarde...
Ao mesmo tempo, a sociedade tornou-se menos esteriotipada esbatendo as fronteiras comportamentais que definiam as gerações anteriores... à minha mãe nunca lhe ocorreria andar de mota aos 45 anos. Hoje, os grandes motões estão nas mãos desta faixa etária...
Resumindo: hoje viver "jovem" prolonga-se por várias décadas.
Com isto os realmente jovens perderam o interesse aspiracional. Outro, nunca tiveram: não têm grande poder de compra e o objectivo de "conquistar consumidores para a vida" é um grande mal-entendido sobretudo agora quando a fidelidade às marcas é, cada vez mais, uma miragem...
Se considerarmos que se é realmente jovem (leia-se "teen") durante cerca de uma década e se vive jovem durante várias, pergunto-me: porque continuam marcas de produtos "não-teens" a comunicar nesse "mood"?
Ninguém quer ter 15 anos! Nem os próprios!

Tribos? Ainda existem?

Segundo o Seth Godin, sim!
But I wonder...
Para criar uma tribo à volta de uma Marca é necessário antes de mais uma Ideia de Marca clara e definida. (Parece fácil, mas olhemos à volta - só pode ser muito difícil mesmo!!!) É preciso motivar, conectar e alavancar a relação do consumidor com essa marca. Conectar é fácil. Motivar e estabelecer uma relação é MUITO difícil... Hoje o mundo é demasiado volátil. Tudo muda muito e muito depressa.
Creio que só há espaço para as LOVE BRANDS, aquelas que realmente apaixonam alguns que são capazes de lhes ser fiéis "no mather what".A Apple deverá ser um dos melhores casos de uma LOVE BRAND...

Depois há paixões de conveniência, às quais se dá facadinhas por imensas razões... até pelo preço! Aqui não há espaço para o engagement... o melhor que as marcas podem ir tentando fazer é conectar-se, criar relação e aumentar o nível de "experiência"...

ABRIGO DE CORTIÇA 2.0 :)

O David Mares é um Português que participou num concurso de Arquitectura promovido pela Fundação Guggenheim - o tema: abrigos / cabanas.
A solução com que concorreu: um abrigo de CORTIÇA!
Genial.
De uma pool inicial de 600 concorrentes ficou entre os 10 finalistas para a atribuição do "People's Prize".
Do histórico que chegou a mim, o David no dia 7 de Setembro enviou um e-mail para os amigos com o link para o "vote". Um amigo, de um amigo, de um amigo reenviou-me esse e-mail no dia 24 de Setembro.
Fui a 1145ª a votar. O David estava em 4º lugar.
A ideia de um abrigo em cortiça motivou um grupo de amigos a divulgá-la nas redes socias (i.e. Facebook).
Passados 6 dias o David vai à frente - a amplificação foi de mais de 20 vezes.
Hoje dia 29, tem mais de 25.000 votos (and counting...) e arrisca-se a ganhar!
Isn't web 2.0 just great?

Social Media: Do you dare?

Add Image A Social Media aparenta ter tudo para ser O sucesso: é fácil de implementar, é barata e tem um potencial de crescer exponencialmente e criar um big buzz enorme. Então, onde estão as más notícias?
- Poucas organizações estão preparadas para incluir nesta equação que do "outro lado" estejam pessoas reais que podem participar de viva voz nas suas iniciativas! Para já, e quase como em quase tudo na vida, a única antecipação que se pode ter é a PREPARAÇÃO e ESFORÇO: - Antes de mais é necessário montar a rede. Identificar o starting point humano, os insights e os conteúdos de partida... a chegada estará sempre em construção, e será a própria rede a construí-la. É necessária também uma estratégia de "amplificação" que lhe dê dimensão.
- É preciso alimentá-la regularmente. Novos conteúdos e iniciativas que desafiem e criem ligação na e com a rede. Nada pior que uma "rede social" que deixa de ser social...
- O meio, a rede, é ao mesmo tempo receptor e produtor de conteúdos. Donde o resultado final é também produzido no "exterior". É aqui que para as empresas a questão se torna tão assustadora como realmente parece...
- A monotorização e gestão do feedback. Se se aposta na media social, integrar o feedback na equação é mandatory. Senão mais vale fazer spots de tv...
- Empenhar toda a organização na rede. Não só como participantes mas também na monotorização. Neste novo paradigma de comunicação, esta disciplina deixa de ser exclusiva de um departamento. O novo paradigma social de "rede" tem obrigatoriamente que começar pela "inside participation". Mas isso só acrescenta valor com pessoas motivadas, formadas e bem preparadas. Algumas empresas acreditam tanto nisso que constroem redes internas de troca de impressões, debate de ideias e apresentação de sugestões como é o caso do Nokia Blog Hub.
Manipulação? Sim.

Menos reuniões por favor!

"O Sr. Engenheiro estará toda a manhã em reunião".
Sempre pensei que isto se transformasse na anedota da década, assim do tipo das anedotas americanas sobre advogados... Mas não. Continua pomposamente a ser dito com o ênfase proporcional à importância do dito.
Reunir, ter muitas reuniões, e de muitas horas é um sinal exterior de importância.
Não segundo a HBR. No artigo que podem ler aqui são apresentadas 3 dicas para manter o focus em reuniões curtas:
- Manter toda a gente de pé.
- Eliminar as distracções. iPhones e laptops are not allowed...
- Agendar apenas 30 minutos.
Apesar de o Outlook nos ter formatado para reuniões de 1 hora, 30 minutos deverão ser suficientes para introduzir o tema e definir o objectivo, apresentar os principais inputs e enunciar o resultado pretendido, e finalmente, concretizar os "to dos" e por quem...
Give it a try! E saiam do escritório ainda de dia. There's a life out there. Did you now?
:)
PS: How to run a meeting like Google

VitaminWATER no Facebook

Quando trabalhava na Sumol o desenvolvimento de novos produtos não era nada assim...
A VitaminWater, marca da Cª Coca-cola e já lançada no mercado português tem uma página no FACEBOOK com perto de um milhão de seguidores.
O objectivo é claro: vincular o consumidor com o desenvolvimento da Marca, e ouvir, leia-se incorporar as suas opiniões no desenvolvimento de novos produtos. Aparentemente temos a possibilidade de escolhar as variáveis dos futuros lançamentos da Marca...
Isto é mais do que "engagement"! Diz-me a experiência que a melhor maneira de me envolver seja com o que for é ajudar a criá-lo...
Este é um bom exemplo que conjuga vários conceitos que tenho vindo a defender:
- Marketing à conversa com o consumidor: num novo paradigma de sociedade o Marketing e a Inovação têm que ser os primeiros a fazer o shift do monólogo para o diálogo...
- Exploração inteligente (e sempre dinâmica interactiva das ferramentas Web)
Esta marca tem também uma página Facebook para VitaminWater Portugal, já com mais de 1000 fãs e pelo que me tenho apercebido - bastante activa!
Claro que não só se obtem um plataforma de interface directo com o consumidor, como um manancial de feedback que deverá dar trabalho que chegue ao Marketing Intelligence...
O "flavor" que elegi foi "Ginger Cosmopolitan". Assim do género "Sex in the City" em versão saudável :)

Festas das Vindimas de Palmela - viva o Moscatel!

2 Moscatéis para começar em beleza. Oferecem-nos 2 tortas de Azeitão - do além! Preço: 2€!!!!
Já tinha havido um concerto de jazz, e a Rita RedShoes está a fazer um concerto fantástico. Grátis! Acrescente-se que a sua presença em palco é muito interessante. À meia noite - largada de toiros!
Há tasquinhas disto, e moscatel, daquilo, e moscatel, pão com chouriço, bifanas, moscatel, petiscos vários, ginjinha, farturas com fartura, e caipirinhas e blackmorangoskas (sim meninas: há!)... e é giro! Despretencioso, barato e a meia hora de Lisboa...
Amanhã volto lá para ver "Deolinda" ;), e comprar umas garrafitas de Moscatel para fazer umas experiências, tenho a impressão que com gelo, ou com água tónica, ou mesmo com água Castello e uma casca de limão... se deverão fazer uns long drinks de verão a beber com cuidado - é que não parece mas que trepa, trepa! :).
Mas pergunto eu:
1. Porque será que com tantas tendinhas dedicadas ao Moscatel ninguém inova na maneira de servir?
2. Havia muita gente. Tudo portugueses. Ainda andam muitos turistas por cá... Nem devem sonhar que isto se está a passar... Aliás, eu só soube desta Festa através de um post de uma amiga no Facebook. Onde está a promoção? Não basta fazer um site jeitosinho e uns cartazes...

United breaks guitars - Toda a gente reconhece a importancia do "Costumer Service". Então como acontecem estas coisas?

Porque o MEU problema é sempre muito maior do que o tamanho com a Empresa o vê!
O Carlos Paredes confessou um dia ter chegado a pensar suicidar-se perante a possibilidade de lhe terem "extraviado" a SUA guitarra portuguesa num voo (depois disso passou a voar com a TAP que lhe permitia entrar com ela para a cabine...). Este relato exemplifica a diferença de relevância de um mesmo facto para o consumidor e para a Empresa.
Aquilo que para o Dave Carrol foi um drama é apenas uma incidência para a United. De um lado temos um cliente super zangado e do outro o budget da empresa atribuído à resolução deste tipo de problemas. E a decisão é resolver mais problemas atingindo um maior número de pessoas, em vez de resolver um único caso mais caro... Leiam este post do Seth Godin sobre costumer services.
A grande questão de fundo é que é muito difícil passar o focus nos resultados para os inputs que os vão trazer. Como costumo dizer: controlar um P&L qualquer um sabe fazer, difícil, difícil é fazê-lo sem perder a perspectiva estratégica...
Inputs! Focalizar nos inputs, ou seja tudo o que possa ter impacto na facturação: da retenção e a recomendação dos clientes à percepção de produto. Sem cair na falácia das métricas.

United Breaks Guitars

É inegável que hoje (quase) qualquer pessoa tem "voz": tem acesso a fóruns, a sites, sabe como fazer-se ouvir...
Inacreditavelmente, e apesar de se sucederem exemplos preocupantes, as empresas continuam fechadas num autismo em que o "client care" não passa de um processo mal amanhado desenhado para "passar nas auditorias internas"....
Partilho aqui um vídeo que repetidamente me tem chegado como exemplo disto mesmo: É um vídeo feito por um músico (Dave Carroll) a quem a United Airlines partiu a guitarra durante um voo (para o Nebrasca... oh God!).
Este vídeo arrisca-se a ser o maior sucesso do artista: tem, no total, já cerca de um milhão de views e perto 100.000 comentários de solidariedade... o filão pegou e já está feita uma segunda música...
A United cobre-se de vexame e projecta (on the way) a carreira do artista... achando tudo isto preferível a resolver a questão!!!

That's all about leadership...

Sempre que vivi em contexto empresarial uma das minhas maiores estupefacções ligava-se com o medo do "outro" que Gestores de Topo e Administradores sempre evidenciaram...
Numa entrevista de grande interesse Warren Bennis discorre sobre liderança e dá o conselho que seguem os lideres natos: the only way to make your weaknesses irrelevant is to respect others' strengths and use them.
Ou seja, ao invés da tradicional política de terra queimada à sua volta, os verdadeiros líderes são os que se atrevem a ter potenciais "sucessores" nas suas equipas... That idea frightens you? You're not a leader!
Os líderes rodeiam-se de pessoas com quem discutem ABERTAMENTE pontos de vista, mesmo divergentes dos seus. Uma relação de abertura honesta com a sua equipa é a única maneira de ouvir verdadeiro feedback, tudo o resto não passa de um desfile de alter-egos... pouco produtivo do ponto de vista das ideias...

Redes sociais? Ou a sociedade em rede?

De há uns tempos para cá tenho ganho a convicção de que o que fará a diferença será cada vez mais o "P" de "People"; quanto aos outros "P", o seu papel será cada vez mais instrumental, logo, com um peso cada vez menor na capacidade de "fazer a diferença" no sucesso do negócio.
As pessoas, não como "massas", como Individuos, com uma capacidade crescente de aceder à informação, e mais importante do que isso, com voz. Ao mesmo tempo, espanta-me que as áreas de Marketing, de onde se esperaria que saíssem, em antecipação, as evoluções de paradigma, continuam a agarrar-se (diria, desesperadamente, mesmo...) às soluções de sempre... Se a sociedade evoluiu, a maneira de comunicar terá também de evoluir... Não estou a falar de colocar umas popups nuns sites, ou, o que mesmo assim já é um bom passo... as Marcas terem perfis no Facebook que lhes permitam estar à conversa com o consumidor...
Estou a falar de uma verdadeira lógica de rede. As empresas, têm que começar a (re)pensar os seus negócios, sobretudo ao nível dos processos e das abordagens aos cliente e consumidores de acordo com as novas formas de organização e de interacção da sociedade. A sociedade, quase todos nós, estamos, hoje, ligados em rede.
Dentro da organização cada colaborador é um múltiplo touchpoint com o exterior... ... E é justamente neste contexto, e porque estamos num período de"crise" que as empresas mais têm descurado a motivação e o sentimento de pertença dos seus colaboradores. Há até as que estão, sob este pretexto, a fazer exactamente o contrário...
Mas a verdade é que sendo incontrolável o que se escreve, diz e comenta sobre as empresas e as marcas, e sendo certo que todas as empresas têm elas próprias colaboradores que, também eles, estão nas redes sociais, nos fóruns, etc... estamos agora no tempo em que as empresas têm que "arregimentar" os seus colaboradores.
Em alguns países está a começar-se a fazer trabalhos interessantes no sentido de alinhar o "personal Marketing" dos colaboradores com os objectivos da empresa... Ganha-se na valorização dos colaboradores, no feedback e na aproximação aos consumidores...

Hei! Meninos! Acordem para a vida!!!!!!!!!!!

Duas ou três coisas:
1. As lojas do "freeshop" enquanto se espera para embarcar no voo "delayed" não são as únicas que vendem gravatas.
2. Os calções de banho serão implacáveis na praia. Um fato "construído" à medida mente tão bem por vós como a vossa mãe.
3. Aquele ombro projectado para a frente por causa de jogar ténis não se consegue "consertar". O casaco consegue.
4. Os fatos de homem não precisam ter a textura da serapilheira...
Esta 5ª-feira fui a um Workshop de Elegância masculina no SuMisura. Foi todo um Universo que se abriu... Sempre achara que os guarda-fatos dos homens eram uma sensaboria... Agora sei que podem não ser. Sempre achara que os "arranjos" nas lojas eram muito duvidosos... agora sei que são uma blague. A minha mãe sempre dizia que um fato feito à medida podia tirar 10Kg, 10 anos... agora percebi como.
And I even amused myself in the process. O Fernando Pereira é um verdadeiro anfitrião. E, claro contagia-nos, pois é a paixão que o move.
Nesta hora e meia de conversa descontraída ao fim da tarde, são abordados e discutidos os grandes temas do universo da roupa masculina (sim!existem!): Tecidos e Padrões, A Camisa, O Fato, A Gravata, Acessórios, Dos & Dont's. Para quem (como eu...) olha o mundo com uma visão de marketing é também interessante constatar como esta proposta está tão em cima da actuais tendências:
1. Costumização (como é o caso das gravatas: desenhadas, personalizadas e com uma caixa exclusiva seja com o nome do próprio, seja in behalf de quem oferece...).
2. Focalização no individuo. Uma casaco 54 não pode ficar igualmente bem ao Manuel e ao Joaquim... o mais certo e que fique igualmente mal a um e a outro.
Num mundo globalizado, e "orientado para a escala", as soluções passam cada vez mais por costumizar propostas standards - é esta a proposta de fatos à medida da SuMisura!
Por último transcrevo um dos melhores ensinamentos de Marketing e Vendas que ouvi nos últimos anos:
O CLIENTE NÃO TEM ADJECTIVOS. Fernando Pereira dixit.
O cliente não é alto, baixo, encurvado, ou gordo. Ponto. O cliente é esta pessoa que está à nossa frente e o fato tem que adaptar-se de modo a vesti-lo bem! Simples. Pensando bem é assim com todos os produtos...

Boys will be boys

And girls will be girls... mas há dias em que uma mulher tem mais em que pensar...
Hoje, às 9h, no Holmes Place do "verdão": os meninos foram treinar como sempre. E ver as meninas, como sempre. As meninas foram treinar. Ponto. Enfim umas coisitas mais: o cálculo mental de quantas calorias tem um jarrinho de sangria, a avaliação do impacto disso no perfil da silhueta que se vai vendo no espelho; some sweet memories das mini-férias; o planeamento da semana: a total mess depois deste break... Rapazes? Estavam lá?
We'll be back in a couple of hours.
PS: O único homem que parece ter conseguido captar a atenção de uma mulher foi o Soares Franco. A moreninha que tomava o pequeno-almoço com ele no "Go Natural" prestava-lhe imeeeeeeeensa atenção!

MARKETING UNDER CONSTRUCTION

Cada vez encontro mais pessoas disponíveis para concordar que o "velho marketing" de "campanhas-tema" já era.
A dificuldade é: and what comes next? E isto não vem nos livros. Está a ser descoberto e construido exactamente AGORA!
O New Marketing, aquilo a que chamo "MARKETING À CONVERSA COM O CONSUMIDOR", terá como paradigma conceptual a lógica do ecossistema alargado: as minhas marcas estão ligadas a mim, e portanto entre si, e estão onde eu estou.
Ou seja o SumolZ (um dos últimos projectos de Inovação que lancei no Grupo Sumol e cujo case study podem ler no b-Mercator) deveria ter um perfil no Facebook, que eu certamente seguiria, e que me teria dito estar com uma excelente promoção no Auchan de Alfragide, sem que tivesse sido necessário que fosse um amigo a alertar-me...

The rising of Public Relations

Surpreende-me que o Marketing, supostamente o catalisador de tendências e o impulsionador da Inovação nas Organizações, se mantenha tão entrincheirado nos moribundos paradigmas tradicionais...
Uma coisa é certa: o Marketing habituou-se a formular e a debitar statements de Marca. A maçada é que o consumidor de hoje tem voz, também produz conteúdos e habituou-se a relações de partilha. Deixou de estar disponível para "monólogos"...
O consumidor de hoje também tem um ENORME acesso a informação. Ou seja, comunicar qualquer coisa para lá da estrita verdade, tornou-se muito arriscado... Pode ser-se desmascarado... e o consumidor tem, hoje, uma enorme capacidade de amplificação.
Dentro das Ciências do Comunicação há uma que se habituou a escutar e a dialogar, e já aprendeu há muitos anos que é menos arriscado falar verdade - as RELAÇÕES PÚBLICAS.
Is this the rising of PR era?

LISTEN DEEPLY - TELL STORIES

Vivemos na USER REVOLUTION, na sociedade da partilha. Todos somos interessantes e queremos partilhar os nossos conteúdos. Todos temos histórias para contar...
O conceito de histórias digitais assenta numa tendência absolutamente incontornável - os conteúdos caíram na mão do povo. Hoje já não há monólogos (embora, se continue a poder falar sozinho...).
As narrativas digitais são uma ferramenta de USER GENERATED CONTENT: Utilização de elementos audiovisuais digitais para a criação de histórias-multimédia. Narrações de vida - da vida de qualquer um, com a utilização de ferramentas sofisticadas, mas ao alcance de todos, bastando para isso poucas horas de formação.
O José Sacavém tem sido o grande impulsionador deste conceito no nosso país, estando a também a desenvolver um projecto de solidariedade social à volta deste recurso.
Tem também vindo a fazer acções de formação em Grupo, nomeadamente em contexto empresarial, com objectivos, por exemplo, de "team building", formação, suporte a acções de Responsabilidade Social, de Recursos Humanos na consolidação da "cultura" organizacional... ou para Grupo de amigos, familiares que querem conhecer coisas novas e partilhar experiências!
Está agora a organizar, em Óbidos, para o dia 27 de Junho, a 1ª International Digital Storytelling Conference. O painel da manhã será dedicado às aplicações do digital storytelling em várias comunidades. A sessão da tarde irá abordar as inovações nesta área, as suas conexões às tecnologias móveis e aplicações web 2.0. À noite decorrerá um festival de digital stories provenientes de todo o mundo.
Todos nós temos histórias, para as tornarmos digitais basta termos um alguém a quem as destinemos, um contexto e a vontade de partilhar as nossas emoções.

OVOS MOLES revisitados - velhos saberes, novos conceitos

Os ovos moles foram caindo para fora de moda. Por um lado vão contra a maré: o flagelo da obesidade e do excesso de peso, o colestral... de um modo geral este lifestyle que se vai instalando a favor de um estilo de vida saudável... verde, saladas, bróculos, aguinha, e muito desporto!
Mas a felicidade também dá saúde!
Com uma gastronomia gloriosa, os portugueses não esquecerão nunca que o segredo está no EQUILÍBRIO!
Para além destas questões de "modas", existem ícones da nossa gastronomia que vão resvalando para o esquecimento... mas há inovadores que aqui e ali vão revitalizando alguns deles.
O Boc'aboca (ainda por cima um termo de marketing agora muito na "berra": o WoM") aposta na nossa "cultura de mesa". Somos um povo que gosta de comer bem. Não comemos só para viver (que gente infeliz, os que comem por questões meramente "funcionais"...); este princípio, só por si, indicia um enorme espaço para a inovação... já que comer pode ser um ritual, mas os rituais podem ser renovados. Para velhos saberes procuram-se novos conceitos.
Os ovos moles do Boc'aboca têm formatos, cores e até sabores inovadores. Há hóstias coloridas, formatos (tradicionalmente ligados ao universo marítimo de Aveiro) diferentes, nomeadamente sazonais, e recheios de ovos moles "compostos": com, amêndoas, nozes... e o que mais há-de vir.
Varia, é menos doce, mais nutritivo... ou pelo menos mais indulgente - e sobretudo DELICIOSO!

LOJAS DE DESPORTO - NOVOS CONCEITOS

A busca de um estilo de vida saudável, hoje, já não é só uma questão de "saúde", mas também de lifestyle. Num mundo "cada vez mais obeso" a indústria da alimentação e bebidas inova através de propostas dentro de conceitos tidos como mais saudáveis e o desporto ganha contornos de "religião".
Em termos de consumo, o desporto é mais do que praticar alguma modalidade: treinos, ginásios... suar as estopinhas... É também um "estilo pessoal". É uma forma de vestir. Ter um "estilo desportivo" que dantes era ancorado na Lacoste ou na Fred Perry, vulgarizou-se hoje sobretudo com a massificação da oferta da Decathlon ou da Sport Zone. Já várias vezes me tinha interrogado o porquê da Decathlon só ter espaços hiper, passando ao lado do enorme fenómeno que são os Centros Comerciais em Portugal... Opções internacionais estruturadas em países onde (com pior clima) os CC não são fenómeno... E cá está! A Decat abriu portas no centro comercial Plenilunio, em Madrid. Esta loja com cerca de 800 metros quadrados oferece a mesma experiência do desporto em espaços comerciais mais pequenos que os da Decathlon. Também no mercado espanhol, este grupo francês lançou recentemente a Koodza, um conceito de loja de desporto a preços mais baixos. (primeiro espaço, abriu em Toledo) . O interessante é ver como um conceito "lifeStyle" acompanha as grandes tendências do retalho FMCG ao investir igualmente em lojas de proximidade e "hard discount".

De ZÉ POVINHO a "Kiko"?

Quase morria um bocadinho de cada um de nós quando se começou a falar do fecho da Fábrica de Faianças de Rafael Bordalo Pinheiro.
Não é a primeira vez que a Fábrica conhece maus dias: Do passado glorioso das peças do Autor e das criações para a Exposição do Mundo Português até hoje manteve-se a tradição, o nome, as faianças de couve, o Zé Povinho... mas não se evoluiu, não se inovou.
Tendo ícones tão emblemáticos torna-se mais fácil criar uma "marca de culto". Ainda para mais com a possibilidade sempre interessante de poder conjugar a criação de "mass products", como os pratos ou as terrinas, com peças de arte e decorativas como os animais gigantes... Faltou visão, inovação, marketing.
Uma vez mais se prova que não basta bons produtos, saber ancestral, garantia da qualidade. Há que escutar: Escutar o consumidor e ler as tendências das sociedades para acompanhar senão antecipar, com Inovação.
Inovação em produto, conceitos, processos, abordagens ao negócio. Inovação na procura de novos parceiros, designers, novas tipologias de clientes, novos mercados...
Sem nunca esquecer que as marcas de culto, se apoiam no passado para alavancar a projecção para o futuro - onde têm os olhos fixos - para a frente! Não para trás, nem para um passado que, um dia, foi glorioso.

CR7 NO FACEBOOK, OU COMO A NIKE PASSOU DE 5MIL PARA QUASE 3 MILHÕES DE FÃS

Espantava-me eu no último post que o Cristiano Ronaldo, no Facebook, fosse a 2ª "personalidade" com mais fãs, a seguir ao Omaba...
Para explicar este facto basta seguir a "actividade da Nike nesta página.
O segredo deste fenómeno é só um: "CONTEÚDOS NOVOS". O CR, himself, cria alguns... mas não há namoradas, vai não vai para o Real Madrid, e "mergulhos para a piscina" todos os dias. Portanto, nos intervalos, a Nike, consistentemente, introduz novos conteúdos.
A própria Nike tem uma página. Claro. Mas apenas com 5.500 fãs.
O Marketing tradicional teria colocado a questão: "o que vamos fazer para trazer mais pessoas à nossa página?" E o resultado teriam sido meia dúzia de "animações", daquelas que já estamos todos fartos...
Na essência o que a Nike está a fazer é adaptar-se ao new media. Patrocina o Ronaldo e o raciocínio terá sido: se uma foto dele na capa de uma revista vende... vamos adaptar esse "asset" ao que nos interessa... E pronto - agora têm uma página no Facebook com quase 3 milhões de fãs...
Quando a TV era "O" meio, a Nike fazia os filmes mais fabulosos... agora que ninguém está lá para vê-los adaptou-se.
De super-produções, passou a produções quase intimistas. As actuais tendências estão todas lá:
  • Web 2.0. Há toda um "rede" em ligação: Facebook, Youtube, Website...
  • People: o "P" que hoje realmente interessa. Seja o Ronaldo, os designers, os engenheiros da Nike, os consumidores que utilizam as plataformas de treino do site. YOU.
  • Tecnologia. I&D. A Nike não vende botas de futebol "fancy". Vende botas desenhadas para terem a melhor performance... quase que parece que sem elas o CR nunca teria saído da Madeira...
  • Inovação. Não é lançar novos produtos. É comunicar.
  • No bullshitt. Tudo parece simples, transparente e tu cá tu lá.
  • Novidades: novos conteúdos. Todos os dias. Por vezes várias vezes ao dia... Ideias simples, pequenos comentários. Os filmes deixaram de ser sofisticadíssimos: são grandes planos, cortes com imagens de jogos, shots em vídeo... no big deal.
  • O poder está na mão das "massas". E de vez em quando aparece um ou outro a dizer palavrões, a chamar maricas ao Ronaldo, ou a dizer que a Puma é que é bom. They just don't care...

CR7 - FENÓMENO WEB 2.0


Achei surpreendente a falta de entusiasmo de alguns portugueses quando o CR recebeu o prémio de "Melhor Jogador". Não é que seja a salvação da nação! Mas ente um português e um "Messi", e reportando-nos à época passada, não sei onde estaria a dúvida...
Que é arrogante (mas no Mourinho já não faz mal...) que não tem educação (considerando o meio de onde veio, vá lá, vá lá...) e que não sabe falar (o Presidente da República também não, e não me lembro de ver o CR encher a boca de bolo-rei em frente às cãmaras de TV...).
Mas a verdade é que é um FENÓMENO. Global.
O Facebook é uma rede social que em Portugal só agora está a passar dos membros de 2 apelidos para os de só 1,como li aqui há dias... Ou seja, tem ainda uma adesão popular relativamente baixa.
Contudo o CRISTIANO RONALDO tem a página do facebook que está em 5º lugar (à escala mundial) em número de fãs!!!!!
Em 1º lugar está o OBAMA (no big surprise...)
Em 2º lugar está a Coca-cola (que também não seria uma grande surpresa se tivesse conteúdos interessantes e não fosse uma iniciativa de 2 americanos anónimos que deixam a Marca sem entender este sucesso e sem saber o que fazer dele...)
Em 3º lugar aparecem os fãs de Nutella (e aqui parece haver o dedinho da própria Marca...)
Em 4º lugar aparecem os fãs de Pizza.
E em 5º lugar o nosso CR7.
A Nike já soube o que fazer... é um dos fãs do Cristiano, e lá vai passando as suas mensagens, enquadradas no estilo deste tipo de media.
E o turismo de Portugal, e o Aicep? Enfim "Portugal" não teria toda a legitimidade para ser também fã e na linguagem própria deste meio divulgar-se? Mas não... compram páginas de publicidade no "Times" e passam anúncios caríssimos em televisões que ninguém vê... desperdiçando perto de 3 milhões de fãs do melhor icon português da actualidade...

ENGAGEMENT - O PRÓXIMO DESAFIO DO MARKETING?

Dantes o Marketing era sobretudo Publicidade, anúncios de 30", e tal, e promoções: descontos, brindes, visibilidade no ponto de venda e pouco mais....
Hoje, os gurus dizem que Marketing é sobretudo obter o "engagement" do consumidor.
Ou seja, enquanto dantes bastava que conhecesse, gostasse (ou pelo menos não embirrasse...) e se lembrasse da Marca, hoje pede-se que goste "empenhadamente" dela!
Ora, este é um wishfull thinking claramente contra-corrente.
Num mundo em que o "TER" que favoresse a "paixão" pelas Marcas, dá lugar ao "SER", o que provoca um "back to the basics" e um retorno aos valores individuais, familiares e mais "sérios", o Marketing quer agora obter o "engagement" dos consumidores...
Depois de tanto se falar em "Marketing Relacional" , o "engagement" seria realmente o passo seguinte...
Mas a tudo isto o consumidor responde com um crescente apreço pelas "não-marcas", com uma maior adesão às marcas de distribuição, e, de uma maneira geral com um "Smart Shopping" que tenderá por um lado a beneficiar as grandes marcas (que inspiram confiança), mas que, por outro lado, apenas deixará espaço para o surgimento de novas marcas de "especialidades", banalizando todo o consumo "commodity". E neste grande e vasto espaço "commodity" não há lugar para engagement...

É A INOVAÇÃO A CHAVE PARA A CRISE?

Pode ser. Mas vai ser difícil...
Mas... se existe crise o mais certo é ela continuar se continuarmos a fazer o que temos feito. Daqui sai que a INOVAÇÃO é uma das vias de saída da crise:Inovação, em produtos, processos, tecnologia ou comunicação.
So far so good. A grande questão é que o "dia a dia" das organizações tende a "matar" um espírito inovador. A cultura do "team work" em ambiente empresarial tem vindo a favorecer um ambiente de aglutinação à volta de ideias, prejudicando o aparecimento do "contaditório".
A própria "crise" inibe um ambiente propício à inovação. Os colaboradores acham mais fácil manter os seus empregos numa postura concordata, logo menos disruptiva e inovadora... A vida em sociedade, promove o politicamente correcto... uma vez mais inibindo postura e ideias inovadores.
Neste contexto cabe aos líderes promover e desenvolver o YOU FACTOR: identificar dentro das organizações os colaboradores capazes de desafiar o "status quo" e desenvolver conceitos inovadores.

Coca-cola: Prazer? Hábito? Ou 150 calorias?

Onde foi para "Alegria de viver" que tornou a Coca-cola o ícone mundial de juventude nos anos 90? A meio dessa década a campanha "Always" com todo o tipo de declinações tornou a Coca-Cola a 1ª marca Universal. Em todo o lado, para todos e conhecida por todos. Lembro-me de ter ficado surpreendida com um intervalo extemporâneo no concerto dos Bon Jovi - era para passar a música, com a letra completa como lançamento da campanha!!! Hoje debaixo do fogo da luta contra a obesidade, a crise, a tendência por lifestyles mais saudáveis, a Coca-cola parece ter esquecido aquilo que até agora sempre tinha sabido: Coca-cola é prazer, é fun, é indulgência. Há crise, há problemas de excesso de peso... mas isso não tem nada a ver com o PRAZER de beber uma CC.
Retirando o "Prazer" de beber uma CC o que é que fica? Para além do hábito e das 150 calorias de cada lata? Mães a recomendar? Toda a gente começou a querer Coca-cola aos 2 anos - justamente porque as mães não queriam! Era assim como um pequeno prazer quase proibido... era o 1º passo no mundo adulto! Era o "1º whisky nas festinhas dos 4 anos"...

... E O QUE EU QUERIA MESMO ERA UMA TAGUS! (se gostasse de cerveja, claro...)

Enquando não houve lojas dos chineses, compensava oferecer brindes nas promoções: mandava-se vir da China umas bugigangas quaisquer a 2€ que nas lojas custavam 5€ - e era esse o valor percepcionado. Agora essa vantagem já não existe. E portanto sempre me interroguei porque é que, se o meu negócio é, por exemplo, cerveja, eu haveria de promover através dele o negócio das t-shirts ou dos bonés...
Dentro desta lógica a Sagres tem agora a promoção "A Rodada". Perfeito. Se o negócio é de cerveja, o normal é que eu o promova com o consumo de cerveja... Agora que necessidade haveria de baralhar uma simples promoção com:
  1. A "fogueira de vaidades": Alberto da Ponte/Pires de Lima
  2. A "guerra pelo nº 1" com a Superbock
Quem é o nº 1 no canal Horeca? Qual é a cerveja mais exportada para fora de Portugal? Isso é... como direi? Irrelevante? O que interessa isso ao consumidor quando está com sede/quer fazer uma pausa/acompanhar o "bacalhau à brás/sandoxa à entrada do estádio?

Superbock vs Sagres

A sorte proverbial do Pires de Lima já faz parte da sua equação pessoal.

Lembro-me, ainda enquanto Product Manager da Scott Paper, ter realizado um sorteio de uma Televisão toda XPTO (à época) para os presentes numa convenção de vendas. O PL, sendo o Director-geral pediu-me que retirasse o nº dele do sorteio, porque senão sair-lhe-ia de certeza. Não levei a sério, esqueci-me, e o Herman José, retirou do saco o nº dele! Lá ganhou a 10ª televisão!

A estrelinha também o acompanhou até à Compal, beneficiando de um enquadramento competitivo favorável, e de inegáveis características de liderança conseguiu torná-la vendável. Obrigando o Grupo Sumol, numa estratégia de sobrevivência a comprá-la acima do seu valor. Num timing oportuno: estava um lugarzinho à espera na Unicer! Só que agora o enquadramento competitivo está a apertar, muito.

A Sagres, até agora um gigante muito adormecido, baralhou e deu de novo… utilizando até novas estratégias de comunicação… sim que eu não acredito que este vídeo não tenha mãozinha da Centralcer…

TRENDS 2009 - Me, Myself & I

Brand Me
Me, myself & I, é há algumas décadas, e vai continuar a ser o Trend mais forte dos próximos anos. A explicação é fácil: é a responta “only human” a uma sociedade banalizada pela globalização… Todos nos queremos expressar, afirmar a nossa individualidade, contar a nossa história… queremos até publicar o livro da nossa vida, mesmo que isso só nos interesse a nós (… ok, à nossa mãe também… e as amigas dela vão ter que fingir que também acham interessantíssimo…). Mas até pode interessar a muita gente. Há uma boa dose de "voyeurismo" nesta atitude de querer conhecer "o outro".
Quero que me alimentem a ilusão de que “alguém pensa em mim”. Vou comprar uma camisola à Mango, sei que milhares de outras pessoas fazem o mesmo! Mas, depois preciso de um daqueles pormenores que me reconciliem com a minha individualidade.
Quero a ilusão que há produtos desenhados especificamente para os meus estados de necessidades…
A costumização é a resposta que a Inovação tem para desbravar um mundo globalizado.
Não me ofereçam o último “best seller “ do Miguel Sousa Tavares. Ofereçam-se umas palavras cruzadas em tela, com o meu nome. Feitas, pensadas e pintadas PARA MIM!.

TRENDS 2009 - Go "Green"

As questões ambientais vão estar no topo da lista nas próximas décadas.
Do “GREEN WASHING”, puro argumento de marketing na maioria dos casos, ao real controle da “pegada ecológica”, as nossas vidas, o nosso LifeStyle, a educação, o Desenvolvimento de novos produtos… tudo vai ter uma parte cada vez maior da equação “verde”.
Pergunto-me até onde se poderá “cavalgar” esta onda verde como puro argumento de marketing. A opinião pública começa a estar muito alerta…

Pergunto-me também que empresas estarão efectivamente já a “pensar VERDE”. Pensar uma nova e inevitável postura estratégica, desde as compras, à logística… ao Marketing.
E os consumidores. Quem são consumidores? Os “green” são poucos e dirigir-se apenas a eles é ficar-se preso num “ghetto” que vai demorar anos a ampliar-se… os “mainstream” estão focalizados na satisfação dos seus “estados de necessidade”, e nada disponíveis para, em época de crise, pagar mais por produtos “green”…
Como se sai daqui?
Mudando a perspectiva.
Criando o enquadramento adequado. O nicho “green” é pequeno, os produtos são caros. A solução é FOCALIZAR NUM ESTILO DE VIDA “GREEN”. É aspiracional, educa-se a sociedade e cria-se o estado de legitimidade para avanços futuros nesta área.
É é preciso parar de criar “mitos verdes” à volta de produtos normais e começar a desenvolver produtos para o dia-a-dia que fazem sentido em termos ambientais.

TRENDS 2009 - No futuro…só haverá lugar para produtos de que poucos gostem muito.

Há várias décadas que a indústria percebeu que havia mercado, em muitas áreas de negócio, para estratégias diversificadas (e não apenas indiferenciadas). Estas estratégias assumem que é mais lucrativo considerar as diferenças entre os consumidores do que as suas semelhanças: Diferenças físicas, Diferenças sócio-económicas, Diferenças culturais, Diferenças comportamentais, etc.
Ou seja, que é mais lucrativo ter uma base de consumidores menor, mas vendendo a (menos) pessoas que compram em maiores quantidades, um maior número de vezes, com maior lealdade e que eventualmente estão dispostas a pagar mais pelo produto. Da aposta na diversificação, tem-se evoluído progressivamente para a segmentação, targetização, customização – ou seja, para a (quase) individualização. A indústria reconheceu na diversidade do consumidor uma oportunidade, percebendo que este gostava de ser tratado “como um indivíduo” e não “como um consumidor médio”. Neste momento, o consumidor já não espera da indústria senão este tratamento diferenciado. Ser “consumidor individual” tornou-se uma praticamente uma commodity. DE ONDE VEM O RECONHECIMENTO DESTA OPORTUNIDADE?
Segundo a Sociologia do Consumo, a interpretação dos motivos que levam ao consumo tem evoluído.
A primeira perspectiva, de pendor racionalista, via no consumo uma escolha individual e utilitária, em que o consumidor, informado das vantagens e inconvenientes de cada escolha, opta pela que lhe possa trazer maior benefício. A resposta da indústria foi a diferenciação pelo preço e pela performance. A segunda perspectiva encarou o consumo como um produto social. Enfatizou o papel da estrutura social na determinação das escolhas de consumo, para as quais contribuiriam agentes como família, grupos de referência, educação e classe social. A resposta da indústria foi a diferenciação pelo status e pelo prestígio. A terceira perspectiva, o pós-modernismo, trata o consumo como um instrumento criativo de afirmação e expressão individual, reabilitando o “direito” à escolha individual como o fizeram os racionalistas, mas sob uma óptica emotiva e não puramente utilitária. A resposta da indústria está a ser a diferenciação pelo “sou o que sou”.
A explicação sociológica - uma atitude pós-modernista: O aumento do nível de vida, a democratização do consumo, o enfraquecimento dos laços de autoridade (pais sobre filhos, igreja sobre fiéis, estado sobre cidadãos, estrutura sobre agente social)… …levam a uma acentuada permeabilidade social: As fronteiras de referência – os papéis sociais estabelecidos em função de sexo, idade, classe social, profissão, etc. – esbateram-se: “everyone can be anyone”. “Os antigos e estáveis pontos de determinação do sentido de identidade das pessoas foram deslocados. As identidades em condições pós-modernas tornam-se mais flexíveis.”(Bocock, 1993:3-4). Deixa de haver tantos constrangimentos à identidade de cada um. As identidades podem ser construídas e alteradas a qualquer momento. Portanto, os indivíduos passam a ter, eles próprios, que definir, mostrar e sustentar quem são - enquanto dantes as escolhas eram decididas e orientadas previamente pelos papéis sociais, agora cabem cada vez mais ao indivíduo. Deixa de ser interessante ter o que toda a gente tem e fazer o que toda a gente faz. O resguardo psicológico encontrado anteriormente no consumo de massas dá lugar ao novo culto do “pessoal e intransmissível”. O “novo status” é consagrado na diferença, na autenticidade, e não na imitação dos ricos e famosos.
O “estilo de vida” passa a ser, nesta óptica, o principal factor de diferenciação social, com dois pressupostos fundamentais: liberdade individual (face ao “espartilho” da sociedade) e consumo como instrumento de criação da identidade individual. O pós-modernismo encara o consumo como um instrumento de afirmação individual, enfatizando-o como materialização do “direito” à escolha individual, sob uma óptica emotiva e não puramente utilitária. Esta abordagem faz realçar o poder criativo e libertador que o consumo pode representar para o indivíduo, face ao “espartilho” da sociedade. A nova era tecnológica permite virtualizar a experiência de vida e dar ainda mais possibilidades à livre construção da identidade.
Esta “liberdade” de construir uma identidade por via do consumo é: por um lado, enaltecedora e desafiante para o indivíduo… …mas por outro, profundamente angustiante: Como fazer as escolhas certas? Como mostrá-lo aos outros do melhor modo? (e… ainda assim) COMO SER A PESSOA QUE SE QUER SER? Neste momento, a oportunidade da indústria não está em proporcionar ao consumidor experiências “médias” e uniformizadoras, mas sim em fazê-lo sentir-se bem na própria pele, dando-lhe uma “segurança intrínseca”, valorizando-o na sua unicidade e diferença.
O “novo marketing” que aposta no apelo emotivo é, pela sua natureza, fortemente relacional. nIsto implica passar a trabalhar com “poucas pessoas” de cada vez: ou numa lógica “one-to-one” (individual), ou num contexto “tribal” (grupo restrito de pessoas que partilha uma paixão intensa por uma marca).Este apelo não encontra eco nas massas. Os targets do futuro para marcas que não se apoiem em “discount” são os “poucos” que gostam MESMO muito de um produto/marca: indivíduos e “tribos” que partilhem um grande entusiasmo e preferência. "Mass marketing is a thing of the past; now, it's about the market of one.“ Kevin Roberts, CEO da Saatchi & Saatchi

TRENDS 2009 Think big – SMALL is beautifull

É a história da humanidade: todas as grandes tendências dão origem a “contra tendências”.
Num mundo cada vez mais globalizado (e globalizante) o indivíduo refugia-se no conforto de uma certa “ideia de costumização” (no futuro haverá cada vez mais produtos de que poucos gostam MUITO, mas disso falaremos num outro post…).
A resposta a negócios assentes numa “lógica de escala”, com margens esmagadas, passa pelas “especialidades”. Estas são boas notícias para Portugal: sem dimensão para concorrer em negócios de grande escala, esta tendência (rentável) é à nossa medida: desde que devidamente enquadrado com Marcas fortes e em estados de necessidades relevantes para os consumidores – enquanto país a resposta ao “affoardable luxury” deverá ser a tendência com maior potencial de desenvolvimento…
Mas a tendência Small encontra-se por todo o lado:
Os budgets de marketing estão mais pequenos. Os passos para chegar ao consumidor também são mais pequenos: divulgação B2C, informação e compras on-line... maior segmentação e mercados cada vez mais pequenos.
Mais pequenos os formatos de produção de conteúdos (do Web site de marca ao pop up de funcionalidades…). Menor o “time to market”…
Maior, só mesmo a PROXIMIDADE

TRENDS - 2009: Surprise me

O drama não é ser caro, ou ter pouco espaço de linear ou a redução do budget de media, ser novo ou ser velho... o drama é ser desinteressante...
Num mundo em que toda a gente tem acesso a emitir uma opinião - o drama é quando ninguém emite nenhuma opinião: o drama é não ter vídeos no Youtube, não ser discutido em forúns, não ser tema de posts em blogs - isto só pode querer dizer que não há mensagem, não há conteúdos - e hoje isso é praticamente não existir...
Buzz me or I'll die! Produtos, estrelas do show bizz, instituições, ou a própria pessoa (daí que cada vez se ouça falar mais do "personal branding"...)
Estratégias de preço, media, recrutamento qualificado, cenários... all that's boring! You'll need all of that, and some more... mas ninguém quer saber! Hire some rebels! É preciso encontrar quem "construa" conteúdos that are buzzble!

TRENDS 2009 - Alimentação saudável: FUNCIONALIDADES?


Com preocupações alimentares cada vez maiores (seja por questões como a obesidade e o excesso de peso, seja porque se quer manter um estilo de vida saudável) os consumidores vão continuar a procurar produtos funcionais.
Este vai ser um desafio interessante sobretudo no ano em que Bruxelas aplica a legislação dos claims... Mais interessante ainda, uma vez que esta legislação vai a contra corrente dos requisitos dos consumidores...
A nova legislação dos claims põe debaixo da sua alçada praticamente todo tipo de alegações funcionais, nutricionais e de saúde, mas os consumidores manifestam estar cada vez mais distanciados das posturas "científicas" previstas na lei.
Como sempre, do lado do consumidor vinga o senso comum. O mesmo é dizer que quando compra um iogurte ou um sumo - é isso mesmo que o consumidor quer: um iogurte ou sumo, no máximo, e dentro das prioridades do seu estilo de vida, pode achar interessante que o mesmo tenha algumas FUNCIONALIDADES acrescidas - mas SÓ SE estas FOREM COERENTES COM O "CONCEITO DE PRODUTO".
Propostas demasiado "comprovadas cientificamente", ou saídas do laboratório tenderão a criar desconfiança - para isso o consumidor preferirá tomar um comprimido...

TRENDS 2009 - O consumo repensado

Os consumos “hoje” distintivos, além de já muito efémeros pela natureza da sociedade rápida em que vivemos, poderão ser seriamente sacudidos na sua capacidade sémica em contexto de recessão económica. A teoria da acção racional não deverá ser desprezada, porque é de esperar que o preço volte a ser uma variável na ribalta para todas as classes (apesar do muito que se tentou esquecê-lo nas últimas décadas, tanto entre sociólogos como entre marketeers).
A hipersegmentação (cara) que tem sido praticada, assente na lógica de que o consumidor está disposto a pagar muito mais para ser diferente, deverá entrar em contraciclo por uns tempos em diversas categorias de bens e serviços; a força de muitas marcas “clássicas” sairá erodida desta revisão de prioridades e da crescente oferta das “marcas brancas” ou “marcas da distribuição” com um posicionamento de qualidade, quando o crescimento económico voltar a vigorar (naturalmente que isto será mais plausível em bens de grande consumo e menos em automóveis ou vestuário).
Mas a teoria da acção racional não deverá trabalhar sozinha; primeiro, porque o mundo de escassez em que surgiu já mudou demasiado; segundo, porque tem mais em comum com o pós-modernismo do que se possa, à partida, suspeitar. Pode vir a acontecer que, com a massificação do “luxo acessível”, quer pelos “novos-ricos”, quer pela “nova classe média” (que é como quem diz, tanto a nível material como a nível cultural e intelectual), a fuga do status para cima se faça, algo inesperadamente…por via da racionalização (seja do preço, da consciência ecológica, da responsabilidade social, da defesa do consumidor ou do faça-você-mesmo, todos aspectos já abordados pelo “expressivo” e “emancipador” pós-modernismo).
Começa a ouvir-se falar de smart-shoppers (consumidores discricionários quanto aos items de alto envolvimento pelos quais estão dispostos a pagar mais, reduzindo custos nos de baixo envolvimento) e de estratégias low-cost (desenvolvidas a partir das possibilidades abertas pela internet, para os tais smart-shoppers) e em nenhum dos casos se pensa em massas ou em pobres: bem pelo contrário, sustenta-se que “poor people need low prices, rich people love low prices”, ou seja, que poderão vir a ser as classes mais altas a dar o exemplo da “frugalidade selectiva” (que já é posta em prática na disciplina do corpo e da comida).

TRENDS 2009 - MY Commodity


Num mundo onde a rapidez, o “disposable”, o sentido de oportunidade incorporam o estilo de vida, eu quero ter acessíveis os recursos para a minha necessidade, ou “estado de necessidades" do momento. RIGHT NOW!
Sempre ligado à net, basta que o recurso esteja disponível – eu saberei como encontrá-lo…
Este é o insight que a Bic França utilizou no lançamento de mais um conceito de telefone – comprar e chamar…É só tirar da caixa: já vem com a bateria carregada, com o cartão e nº activo… e sem assinatura. Comprar e usar…
Resposta a necessidades ESPECÍFICAS – como por exemplo: chego a um país e quero fazer chamadas locais sem utilizar roaming (está ja disponível em vending machines em alguns aeroportos franceses), quero dar um nº de telefone para vendar uma casa ou um carro, fiquei sem bateria, ou perdi o telemóvel habitual – é um telefone de back-up – no momento, quando EU preciso.