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INOVAÇÃO: OU O DESASSOMBRO DO QUE NÃO SE SABE

Demasiado foco na concorrência leva à conformidade foi um dos temas que desenvolvi há alguns dias.
Hoje a HBR traz um artigo interessantíssimo sobre as vantagens das organizações desviarem pontualmente o foco da sua actividade, dos seus mercados, dos seus clientes e do seu conhecimento em buscas de novos inputs, novas visões, novos conhecimentos... em resumo, inovar pode ser muito simplesmente adaptar conceitos de outros mercados, indústrias e modos de pensar ao nosso.
O desafio é dirigido aos CEOs: levantem-se da suas cadeiras e acompanhem o dia-a-dia de outros líderes de organizações diferentes das suas - GET OUT OF YOUR BOXES!
... " Here's the basic message: You can't let what you know limit what you can imagine. As you try to do something special, exciting, important, don't just look to other companies in your field (or to your past successes) for ideas and practices. Look to great organizations in all sorts of fields to see what works with for them — and how you can apply their ideas to your problems. Do you have new ideas about where to find new ideas?"
O artigo faz referências a várias obras, nomeadamente ao Beyond disruption: Changing the rules in the Marketplace, escrito por Jean Marie Dru, chairman da TBWA e cuja leitura recomendo vivamente!

O quê? só Bom - ? Até ao fim do ano sem mesada!!!! Ou o terrorismo financeiro das agências de rating...

Lembram-se daquilo a que o sistema financeiro agora chama de "activos tóxicos"? Estavam avaliados com AAA!
Lembram-se da crise financeira do Dubai? As agências de rating devem ter sabido dela pelos jornais!
A Islândia? Excelente nota!
A verdade é que estas agências são independentes dos Estados, mas dependentes de muitos interesses financeiros...
Outra verdade é que continuam a fazer as suas projecções com base em modelos que dificilmente conseguem adequar-se a uma realidade sempre em mudança e de grande volatilidade...
Portugal? A ameaça era de cortes do rating se o PEC não fosse "a doer", mas também se não fosse de aposta no crescimento! Resumindo: fosse o PEC em que direcção fosse o corte viria!
Resta ainda tentar perceber qual é a posição na escala de rating em que estamos...
É que nós que vivemos na pele a miséria franciscana deste país até devemos ficar admirados com a nossa passagem de AA para AA- que é mais ou menos passar de nota Bom para Bom menos...
Claro que tudo isto veio mesmo a calhar a um governo que em campanha eleitoral prometeu o que não podia - não aumentar os impostos!

"P" de PEOPLE, ou "Capital Intelectual: a peça que faz a diferença"

Hoje é tudo demasiado rápido! Até se copia com muita rapidez! Os factores de diferenciação dos produtos e das empresas já não conseguem ser determinantes para o seu sucesso.
Acredito cada vez mais que, a par das políticas de Inovação e Sustentabilidade, as PESSOAS são o capital mais determinante para o sucesso das empresas....
Curiosamente (bem... se calhar, não!) os empresário portugueses estão a aproveitar a "crise", antes de mais, para subvalorizar o seu capital humano...!
É portanto com interesse que aguardo o Seminário de GRH da Lusíada (20 Maio) que este ano é sobre "O capital intelectual: a peça que faz a diferença!"
Pretende-se debater a contribuição do capital intelectual para a superação das adversidades, considerando-o agente de mudança.
Parece-me bem. Vou lá estar! A minha alma de Marketeer continua a achar que dos "P" tão exaustivamente estudados por Kottler, o de "PEOPLE" é o mais importante - neste caso - o "People" interno que motivado, alinhado com a missão e a visão da empresa é a melhor ferramenta de qualquer líder para a implementação da sua estratégia!