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THE POWER OF DREAMS

Há várias formas para os chavões do tipo "tudo o que conseguimos sonhar fica no mundo da imaginação até que o concretizemos". Aparecem todos os dias frases-motivacionais-variações-sobre-o-tema no facebook...

Depois há também a confusão entre "Criatividade" e "Inovação".

Este vídeo, tocante pela simplicidade oriental, apresenta o processo criativo do Senhor Honda e os ingredientes do seu processo de Inovação.

O que mais me tocou foi a SERIEDADE. Por contraponto à "loucura criativa" que erradamente se confunde com Inovação.


Mas há mais:
A "Lei Natural" e as as Formas Orgânicas. A Natureza é simples. (*)
A Intuição ligada ao Conhecimento, às Competências Técnicas e à Investigação.
A Liderança determinada que se apaixona por uma ideia e é capaz de entusiasmar a Equipa Certa.

Interessante, interessante é que o poder não é do "sonho" é o de ir "construindo esse sonho".
Faz toda a diferença num mundo que aprendeu a "coisificar", que acha que inovação é olhar para dentro, para a tecnologia e ter novas ideias inovadoras. Não.
Inovar é olhar para fora, identificar as tendências e começar a sonhar com os estados de necessidades a que a INOVAÇÃO pode responder.



* (Nuno Crato, grande matemático que antes de ser Ministro me disse uma vez que procurava "beleza" na matemática - as soluções simples!)

FACEBUZZ OU A SOCIAL MEDIA QUE SALTA DO FACEBOOK PARA O MUNDO OFFLINE

Painel Facebuzz @ E-commarketing Show Lisboa 2011

O Facebuzz é um grupo criado no Facebook para a partilha e discussão de temas de Marketing e Gestão.
Recentemente, saiu do mundo virtual para o mundo real em dois eventos. O 1º FACEBUZZ Members Meeting teve lugar em Setembro no IPAM Lisboa e, a semana passada, foi o painel mais concorrido no E-commarketing show, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa.
Um painel de 6 dos mais activos membros do grupo apresentou, a uma sala repleta, exemplos das diversas temáticas discutidas no grupo: da integração dos meios online/offline ao poder viral dos Medias Sociais (falou-se dos casos United Airlines breaks guitars e Ensitel; hoje falar-se-ia na EDP); foram especialmente interessantes as duas comunicações sobre como construir uma rede de contactos usando as redes sociais. Em simultâneo, era possível acompanhar a página do grupo no écran da sala e verificar como os diversos membros do grupo presentes na plateia postavam, permitindo aos ausentes manterem-se a par dos pontos altos das comunicações. Na sequência do E-commarketing show, 84 novos membros foram adicionados ou pediram para entrar.
Mais do que um grupo onde se despeja a informação dispersa que chega a cada um dos membros, no Facebuzz quer-se produzir conhecimento, aprofundar discussões, debater opiniões. Tendo nascido no meio digital e bastante focado neste meio, o grupo quer fazer parte da mudança que este novo “Social World” vai continuar a ter em outras áreas do Marketing e Gestão...
Keep tuned!

BURBERRY - As redes socias no catwalk


TWITWALK. Definição de twitpics de cada look antes de entrar no desfile. Antes de qualquer foto da Imprensa...

A exclusividade de ver em primeira mão as novas criações da próxima estação passou dos ilustres convidados presentes no evento para os anónimos seguidores da Marca no Twitter.
Democratização das experiências.
De Londres para os vários responsáveis Regionais  e a elite alastrou-se das cadeiras da primeira fila para o mundo inteiro tendo sido a Burberry a segunda marca mais mencionada no Twitter num pico pouco depois do início do Show.

De desfile para imprensa e compradores passou-se para uma plataforma multimédia através da qual a  Burberry contou em tempo real a sua própria história diretamente aos consumidores. 

Uma produção "live streem" com "takes" do "stage" e "Backstage"e histórias da passadeira vermelha foram partilhados no website, no Facebook e no Youtube - Modelos e celebridades presentes foram ao mesmo tempo observadores, intervenientes e atores. Enquanto um fotógrafo alimentava o feed do Burberry Instagram durante todo o show.

As novidades Burberry no próxima Vogue já vão ser em segunda mão..

..

Resumindo: A Burberry - design e produção de conteúdos! Longe estão os quadrados....



LIDERAR: o SER, o SABER e o FAZER

Ontem (19-09-2011) o Sporting entrou a matar no jogo com o Rio Ave e aos 5 minutos ganhava por 2 golos. Em boa verdade: era de pasmar! Até passar a ser de sofrer, quando deixou o adversário empatar e desesperar até finalmente marcar o golo da vitória. No big news... é disto que se faz a "fibra" dos sportinguistas :)

E o que isto tem a ver com liderança? Tudo! Motivação, Gestão de Equipas, Comunicação, Entusiasmo, Confiança.... Há tantas formações que ajudam ao Desempenho e Desenvolvimento Pessoal!

O Mourinho até será um Líder natural - não deixou seguramente de procurar ferramentas que o desenvolvessem!

Ou seja ao SER tem acrescentado o SABER, tem desenvolvido competências.

Quando penso no Domingos Paciência o que me ocorre é o FAZER. Era assim no FCP e deve agora fartar-se de trabalhar no SCP. Não duvido.

Mas quando o SER líder não é, como no caso, uma competência marcante, há que acrescentar SABER.

Domingos precisa fazer umas formações de Comunicação, Gestão de Equipas, de Liderança!




E sobretudo nunca mais vir dizer publicamente, depois de apontar culpas a um membro da equipa (Rui Patrício):

" fizemos uma revolução no plantel. Foram 17 entradas e, por vezes, até eu tenho dificuldades em comunicar com eles "

Não sabe? Vá aprender.




HEINEKEN - Open Your World

O pequeno país de irredutíveis bebedores de Cerveja local.
Não temos um Panoramix e a sua poção mágica, mas duas marcas: Super Bock e Sagres que dividem entre si os cerca de 800 milhões de litros de cerveja consumida em Portugal
A grandes Marcas Internacionais de cerveja, quais Júlio César tentam "encore et toujours" conquistar este mercado.
Ao longo dos anos muitas marcas têm tentado e desistido. Outras continuam a tentar.
E contribuem com bom advertisement. "The entrance" ´é a história que nos conta agora a Heineken.



O filme de base com a produção musical também é puro entretenimento (The Asteroid Galaxy Tour no killer track "The Golden Age")



No big news.
Como também não as há na relação com os consumidores, por exemplo através da página do facebook - futebol e música.
Qual é a estratégia? Imitar o padrão das marcas portuguesas? Não parece lá muito inteligente... Para quebrar este duopólio, seria necessário quebrar o paradigma!
AH! Espera! Não interessa quebrar o paradigma nem partir à conquista do mercado!
Afinal a Heineken é dona de uma dessas marcas (Sagres)!
Tudo é então puro entretenimento! Ao menos é giro...

The TALENT CITY

Ken Robinson diz que o segredo está em encontrar o seu ELEMENTO - aquele spot em que o cruzamos aquilo em que SOMOS BONS com o que ADORAMOS FAZER. (já agora acompanhem o Ken no Facebook)

A TALENT CITY é uma plataforma-tipo-jogo-virtual lançada pela Jason Associates para ajudar recém licenciados e pessoas em inicio de carreira a estruturar os seus objetivos profissionais e entrar em contato com empresas (ainda que em versão virtual) e com propostas de estágios e até mesmo de empregos!



Estão sempre a acontecer coisas novas! E encontrar talentos é muito diferente de fazer recrutamento. E encontrar o seu ELEMENTO é muito diferente de andar à procura de emprego...

Quando o "560" não quer dizer PRODUTO PORTUGUÊS...

As grandes renovações sociais são quase sempre feitas de "baixo para cima".
Neste momento, por reação àquilo que nos parecem agressões externas, assiste-se a um certo "tocar a reunir". Ele é vídeos a exaltar os feitos (passados e presentes de Portugal), comentadores a defender o país com unhas e dentes, e um certo movimento pró-consumo de produtos portugueses, com apelos até (!!!) ao boicote a produtos de alguns países.

É uma renovação de mentalidades? É passageiro agora que nos sentimos mais preocupados? Esperemos que seja o início de uma mudança de paradigma. Da maneira como somos e como nos vemos. E do que somos capazes de fazer.

Apesar de todas as campanhas institucionais destinadas a promover o consumo interno de produtos portugueses apenas agora vejo realmente uma procura pelo "560", o número inicial do código de barras dos produtos portugueses.

Só que "560" pode significar apenas que o produto é fabricado cá, ou é cá que é feito o assembling dos seus componentes.
Veja-se o caso deste cestinho com figos e amêndoas. Olhando para ele parece mesmo um produto tradicional português! Lendo com atenção a informação disponível ficamos a saber que os figos vêm da Turquia e as amêndoas dos Estados Unidos. Do cesto, por não ser um produto alimentar não sabemos a proveniência - do Oriente certamente!
E é assim que, utilizando o imaginário de "produto tradicional português" se continua a desequilibrar a nossa balança externa...
Chica-espertice? Ou pior do que isso: estarão mesmo as figueiras e amendoeiras do Algarve ao abandono?

John Cleese e a campanha viral BreakFree da TomTom

Fofoca: Em 2009 John Cleese divorciou-se da sua terceira mulher que conseguiu uma decisão do tribunal que a deixou mais rica que o próprio ator: Cleese foi obrigado a dar-lhe $15,8 milhões e uma pensão de $1,1 milhão durante 7 anos. "In order to feed the beast" segundo as suas próprias palavras o mais famoso dos Monty Python vê-se obrigado aos 70 anos  a trabalhar no duro...

Consequência da fofoca: Cleese está até disponível para fazer anúncios (bem pagos...) de publicidade.

Facto: a TomTom contratou-o para uma campanha com vários vídeos que está a ser um sucesso viral:



A estratégia e a campanha podem ser vistas aqui no Facebook.

Adequando a linguagem ao meio  ("Não sejas rude ou parvo...") a página portuguesa desta campanha  convida todos a participar com a sua própria versão do "BreakFree, dos Queen...e a ganhar uns TomTom, 2 dos quais já vêm com carro e tudo :)

E lá vão aparecendo novas formas de comunicar...

BLÁ-BLÁ OU COMUNICAÇÃO

Poucas marcas interiorizaram já que vivemos num novo paradigma de comunicação. As áreas de Marketing que deveriam ser os motores de mudança e as rampas de lançamento para novas formas de abordagem aos consumidores estão, estranhamente, cristalizados numa lógica mais do que passada e ultrapassada e entretêm-se arduamente com briefings, posicionamentos, novas campanhas e spots de televisão....

Este filme viral (cuja partilha recomendo sobretudo com os mais novos que já interagem via net)  é um bom exemplo de comunicação atual:



É útil. Para os adultos chama a atenção para aspetos aparentemente óbvios mas que por vezes esquecemos. Para as crianças é quase mandatory... 
A linguagem e a imagem são simples, sem paternalismos... mas interessante.
Não deixa de ser um viral publicitário.
O que faz TODA a diferença é que não está focado no produto/Marca e nas suas fantásticas vantagens competitivas face à concorrência... mas em quem no final do dia COMPRA - o consumidor - nos seus estados de necessidade. 
Este viral não vai fazer vender mais "n" computadores até ao final do dia, mas pelo menos em mim, pela sua utilidade (chamada de atenção que partilho com o meu filho) gerou um enorme "goodwill" para a marca "Toshiba"... 
E como hoje já ninguém vende... há é pessoas que compram, esta marca acabou de entrar para a minha lista de opções.

O ACORDO ORTOGRÁFICO E A ORIENTAÇÃO PARA A MUDANÇA

Há recordações que guardamos sem sabermos porquê.
Lembro-me de ser muito pequena e por uma qualquer razão ter presenciado uma conversa entre a minha avó e um grupo de "raparigas da mocidade dela" :).

Foto: Sandra Silva Pinto / Arquivo JPN
O tema era o acordo ortográfico. 
O de 1945. 
Esta conversa deve ter decorrido no final dos anos 60, ou início dos anos 70. 
Uma vez que a linha do tempo é para a frente, a minha avó espantava-se de ser a única a ter claramente ultrapassado essa fase, ter aderido, de resto, ao inevitável... e surpreendia-se com alguma impaciência com uma discussão com 25 ou 30 anos.

Deduzo que a orientação para a mudança é uma "coisa de família"...


Deixo aqui duas boas ferramentas para a transição:


1. Conversor do Acordo ortográfico, da Porto Editora.
2. Guia prático da Nova Ortografia, com um resumo das principais alterações.




NÃO FAÇA PLANOS - FAÇA PERGUNTAS

Ao contrário do que muito dizem ser Consultora é ÓPTIMO!

Um dos últimos trabalhos para que fui chamada foi para fazer "Activação de Mentes" com a Direção de uma Empresa como "kick off" para o início do Ciclo de Planeamento  para o próximo ano.

NÃO FAÇA PLANOS, FAÇA PERGUNTAS foi o tema que escolhi. 
Iam morrendo ao primeiro slide. 
Depois entusiasmaram-se.
Acho mesmo que este deve ter sido o primeiro ano em que acharam esta fase interessante e desafiante
.
Photo by "henry the frog"
Gostei de abanar crenças instaladas e sobretudo de ajudar a desfazer alguns mitos tidos como "Informação" e que levam ao planeamento com base em premissas enviesadas. Parece-lhe estranho? É muito comum. Em muitas empresas...

A HBR publica agora um artigo muito interessante que para além das tradicionais :"Why?, what?, who?, and how?",  propõe o desassombro e desafia a questionar o "conhecimento" que se julga ter sobre o nosso negócio e o mercado que o enquadra:



1. Why do you exist (what's the big idea)? Da minha experiência profissional tanto por conta de outrem tanto como consultora sempre me assombrou a falta de prontidão dos líderes das organizações nesta resposta...



2. What is your value proposition? Também raramente alguém tem ideias concretas sobre isto - qualidade do produto, diferenciação, posicionamento e coisas do género são... bla, blá, blá...



3. Who are you trying to serve? Esta então é assustadora - a maioria das empresas portuguesas estão muito mais focadas na concorrência (!!!!) do que nos clientes: não sabem quem são, quem poderiam ser... desconhecem os Estados de Necessidades a que deveriam estar a responder!



4.How do you know you are winning? Desde empresas que não têm contas de exploração à gestão pela falácia dos números há de tudo e muito pouco - poucos indicadores integrados que permitam ter o retrato do momento, a linha de investimento e os resultados pretendidos...



Antes de decidirem - aprendam a fazer perguntas!







IKEA - Sustentabilidade ou "Green Washing"?

Talvez por ser sueca, talvez por se ter tornado uma "marca próxima", talvez porque gostamos do design e da flexibilidade de utilização... talvez porque gostamos de "montar puzzles gigantes"... ou porque cada estante é um "Lego" dos crescidos - gosto, quase todos gostamos da IKEA!

A Ikea incorpora no seu valor de Marca um enorme "good will" que advém, também, em grande medida da postura ética, responsável e sustentável com que a Marca se posiciona.
... E nós estamos a  "passar ao lado" das notícias que repetidamente (mas silenciosamente)  dão nota nos media (tradicionais e digitais) que este gigante sueco é um dos responsáveis pela destruição das florestas virgens da Sibéria, Birmânia, Indonésia e noutros países asiáticos e do leste europeu.

A Ikea refugia-se das acusações em primeiro lugar com a declaração de intenções de a longo prazo (!!! - "Certified forests are the long term goal") apenas utilizar madeira de florestas planeadas do ponto de vista da sustentabilidade. 
Em segundo lugar apresentam o "The IKEA Way on Purchasing Home Furnishing Products" (IWAY), ou seja o processo a que obrigam os seus fornecedores de matérias primas. Parece muito responsável. 
Tigre da Sibéria, habitat em perigo crescente...
E os parceiros chineses do Ikea assinam-nos. Depois subcontratam ilegalmente  múltiplos subempreiteiros noutros países (normalmente sub-desenvolvidos e altamente permeáveis à corrupção) e importam a madeira que ao entrar na China apenas tem que obedecer à legislação chinesa... 

À saída em direção à Suécia ou a outras fábricas da empresa é só preencher a documentação "green washing" e tudo parece o que nunca foi...

Confesso que fiquei sinceramente perturbada com esta constatação (que poderão aprofundar mais, por exemplo aqui). 

Acredito que o grande salto de paradigma, a saída do dead end em que se encontra o mundo ocidental é a SUSTENTABILIDADE e estas políticas do "fazer parecer verde" mostram-me que os grandes Grupos ainda não perceberam isso...

O QUE É PRECISO TER PARA VIVER :)

Sê dono apenas do que podes transportar contigo; 
conhece línguas, 
conhece países, 
conhece pessoas.
Deixa que a tua MEMÓRIA seja o teu saco de viagem. 

Alexander Soljenistsyn, escritor russo

Já está na rua o CIN Remake 2011. O mote dá Tiago Bettencourt.










O ano passado José Luís Peixoto deu a inspiração literária para as traduções gráficas que acabam por contribuir para a reabilitação urbana de Lisboa (algumas destas obras podem ser (re)vistas aqui)


E as tintas deixam de ser coisas para "pintar paredes" tornam-se em universos cromáticos que fazem uma ponte multicultural entre grafismo, poesia, música...GOSTO!





E gosto da interação das empresas com a sociedade e com a cultura. Durante este processo, jovens artistas "deixam a sua marca"... Deve ser bom :)

OTIMISMO E RESILIÊNCIA ou como a PAIXÃO SUPERA A CONDIÇÃO

A música é uma paixão antiga....José da Silva de Braga adorava piano. 3 dias antes de iniciar as suas aulas perdeu esse sonho junto com parte de uma mão. Acidente de trabalho aos 10 anos, na gráfica onde trabalhava...

João Carlos Martins é o seu filho.

Bach a 3 dedos, ontem no Tivoli... Porque a vida assim quis... 1 indicador e 2 polegares.



Aprendeu a tocar a uma só mão. Reaprendeu a tocar tudo com a mão esquerda...

E reaprendeu tudo, milhões de notas decoradas, como Maestro, sem batuta, sem mãos com que virar a partitura... mas a paixão alarga o talento.

Paixão pela música.
Pelo Brasil onde nasceu este filho de português.
Pelos outros.
A paixão pela música tornou-o mundialmente relevante.
A paixão pelos outros faz a diferença na vida de muitos que contagia, que inspira, que resgata... porque sustentabilidade é muito mais do que brincar à caridadezinha - ou Bach do Carnegie Hall à favela.

Pode ver a biografia de João Carlos Martins tal como publicada pela conferência "Talenting the Impossible" que o trouxe a Lisboa.

SEMPRE QUE DESAFIAMOS O IMPOSSÍVEL ELE RECUA.

INOVAÇÃO - NA GESTÃO E MODELOS DE NEGÓCIO

"The Company man" passou relativamente despercebido entre nós. E contudo é um filme bastante realista sobre "a crise" actual. A crise que despede milhares de trabalhadores e descarta a actividade produtiva, enquanto os headquarters se mudam para novas instalações... porque é importante "manter as aparências" para "os mercados"!



Como consultora deparo-me com empresas que se debatem com dificuldades e mostram uma grande  incapacidade para repensarem os respectivos negócios à luz do enquadramento real e insistem em participar em Feiras sem qualquer retorno apenas porque deixar de ir seria admitir a existência de problemas e se recusam a ter a sede junto às fábricas, onde está o "negócio real" para manter um status quo que não se traduz em nada... e por aí em diante.

Trabalhar em INOVAÇÃO tem tornado bastante claro que muitas empresas portuguesas, antes de pensarem em "produtos inovadores", têm de repensar os seus modelos de gestão, de criar culturas inovadoras, potenciar as relações de cooperação (e mesmo de coopetição) com clientes, fornecedores e colaboradores ...de construirem organizações inovadoras!


E sobretudo de ter a noção clara de que o que nos trouxe até aqui foi uma "anti-economia" assente em produção de riqueza, mas não na produção de valor. Apenas a produção de valor é sustentável e constrói a perenidade dos negócios. Tal como no final deste filme - recomeçar em cima dos valores reais...

DELTA - A ACORDAR PORTUGAL

 Falo muitas vezes da DELTA. Inspiram-me!
Desta vez apresento os "grafics" do stad na Alimentária em Barcelona.
Absolutamente pertinentes numa conjuntura em que apenas todos se queixam. Todos não!
SONHAR COM A OBRA NÃO A FAZ APARECER. TENS DE ACORDAR E CRIAR
SONHAR COM MUDANÇA NÃO FAZ DIFERENÇA. TENS DE ACORDAR E MUDAR.
SONHAR COM VITÓRIAS NÃO FAZ GANHAR. TENS DE ACORDAR E VENCER.
Há muitos anos que acompanho feiras internacionais de alimentação onde estão presentes empresários portugueses, a grande maioria integrados no pavilhão do AICEP. A Delta está sempre fora. Com representações (quase) sempre muito pertinentes.

Este é um exemplo

CIN - Loja de Coimbra pinta as "CAPAS NEGRAS"

As tintas CIN vão abrir uma loja em Coimbra. A marca é de tinta , mas o que vendem é "cor". O conceito está bem definido do ponto de vista do consumidor: o resultado - a cor é mais importante do que o "instrumento" - a tinta. É um bom começo.
E como o mais importante é a cor, Coimbra vai acordar dia 26 de Março inundada de cor!
  • Balões de várias corres nos carros estacionados
  • Outdoors
  • Dropmailing
  • A tuna do Instituto Politécnico de Coimbra vai trocar as capas negras por capas coloridas para distribuir flyers no centro da cidade.
A isto chama-se "ACTIVAÇÃO DE MARCA". Recorrendo aos meios e aos ícones locais para falar no tom e com o conteúdo relevante.
M&P
Não há página no Facebook! Ufff! Refrescante! Há vida para além das redes sociais!
E é bom que as Marcas tenham consciência que o importante não é utilizar os meios mais modernos. O importante é utilizar os meios que tocam os consumidores.

Em Roma sê romano. Em Coimbra pinta a tuna.

DELTA CAFÉS - O CONCEITO DE "VALOR PARTILHADO"

Hoje vi na RTN mais um pequeno documentário sobre a personalidade de Rui Nabeiro.
Gostei, como sempre.
Ouvi-lo falar traz-me sempre à cabeça palavras como: sonho, visão, autenticidade, noção do real...

Num mundo trazido para uma crise galopante por uma "anti-economia" assente na especulação financeira, Rui Nabeiro é, para mim, uma das encarnações do que me parece o retorno à Lei Natural: uma economia sustentável de valor partilhado que garante a perenidade do negócio.

Como comentário à crise e suportada pela lógica "natural" Nabeiro conclui que se uma família de 4 pode prescindir do ordenado de 1 elemento que fica desempregado.... também o empresário habituado a ganhar 5 pode continuar retendo apenas 3. Despedir pessoas, reduzir salários, apenas agrava a questão - a solução é ganhar mais... E isso só se consegue com o empenho de todos.

Acho interessante como, assumindo-se, ainda hoje aos 80 anos, como líder, não perca a visão de onde veio e como aqui chegou.
Como tem clara a noção do valor partilhado com os funcionários e com a comunidade de Campo Maior (e até mesmo a escalas maiores como foi o caso de Timor...).
Exemplo disso é o Centro Educativo, projecto da sua mulher, e que acolhe não só os filhos dos funcionários da Delta, como também de outros residentes em Campo Maior - no documentário aparecia a assistir a um teatrinho feito pelos pequenotes....

O aroma do café é o sonho de felicidade que o impulsionou e liderou e partilhou com a empresa e com a região.

Este conceito de "Shared Value" vem agora também a ser defendido por grandes gurus mundiais como Michael Porter, por exemplo neste artigo da HBR: The big idea: creating SHARED VALUE
.

CRM - Estamos a falar de "RELAÇÃO"? ou não?

As Empresas adoram "comunicar"! 
Com as novas tecnologias, redes sociais e sofisticadas ferramentas de CRM... estão cada vez mais próximas dos seus clientes e potenciais clientes. Estão quase sempre  à distância de um "click", de um "sent"... Mas as "relações" não estão a melhorar.

Maneiras mais fáceis de chegar aos clientes deveriam querer dizer também uma melhor segmentação. 
As Empresas continuam, em grande parte a "emitir", não se estão a relacionar! Querem "dizer" coisas, e dizem.
Continuam a ver-se no papel de emissoras, não em "relação" com os seus clientes ou consumidores. Têm bases de dados que pouco mais são do que nomes e endereços (de e-mail)... A consequência é que quando comunicam focalizam-se no que "querem transmitir", o conteúdo é quase sempre umbilical... assente em objectivos internos. 
Raramente a comunicação é pensada da maneira correcta - partindo do consumidor e dos seus ESTADOS DE NECESSIDADE. Portanto a consequência é que mesmo com ferramentas mais sofisticadas e com meios de contactar os clientes de maneira individual, a comunicação não é costumizada


As empresas não se dão ao trabalho de recolher e trabalhar a informação dos seus clientes para construir uma relação... 
... não tem relação comigo e enviam-me promoções para o DIA do PAI.Eu já não tenho PAI, cada promoção dessas não constrói relação - agudiza uma dor.

INOVAR é dançar a "Morte do Cisne" em StreetDance

John Lennon da Silva é um mulatinho de 20 anos do estado de São Paulo. StreetDancer.
Trago aqui o vídeo da sua participação num concurso de TV para exemplificar 2 conceitos absolutamente relevantes
1. INOVAÇÃO - Inovar, inovar, inovar... A INOVAÇÃO de tanto se falar dela está a tornar-se um lugar comum.
Todos querem Inovar.. mas depois confundem inovação com criatividade.
Querem Inovar mas não querem arriscar.
Querem Inovar, mas ficam a olhar para o lado e para a concorrência, o que faz tender para a conformidade.

2. CULTURA CONVERGENTE em que todos podem participar, todos podem criar, todos arranjam um modo de se expressar, de dar largas ao seu individualismo. Surpreender. Sem preconceitos. O ballet saiu à rua... e transformou a "Morte do Cisne", o mais emblemático momento de ballet "em pontas", dançado apenas por primeiras bailarinas, numa versão igualmente tocante mas dançada com jeans e sapatilhas...
Ou como Tchaikovsky sai à rua nos pés de um StrestDancer brasileiro.



Inovar não é apenas "criatividade", é (re)interpretar, (re)inventar. É ter uma visão e ARRISCAR!

GLOOQ - EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL OU SOLUÇÃO EMPRESARIAL?

Entrei em contacto com o Glooq, by Zon pelo facebook.
Deixa cá ver...



É um serviço da Zon (vem na factura,  tipo Sport TV, mas mais barato...) e o conceito português é que permite costumizar e-mails enviados a partir do Outlook.

Quero acreditar que a Zon não lança produtos sem antes avaliar o seu potencial de mercado para definir pelo menos posicionamento e target... Ambos aparentemente transmitidos neste filme. A linguagem é muito jovem remetendo para um target dos 15-20 anos.

Pergunto-me: este público usa o Outlook? Ainda envia e-mails? ou é tudo muito mais mobile e redes sociais? 
Confesso que não vejo afinidade entre este produto e o target a que parece destinado...

O conceito parece-me mais adequado para Pequenas Empresas e Profissionais Liberais que utilizam certamente o meio - Outlook - e têm vantagens em juntar uma imagem mais institucional, promocional ou até mesmo publicitária nos e-mails que enviam...
Este é o posicionamento que é apresentado no site oficial da GLOOQ.



Pergunto-me:a Zon fez realmente o trabalho de casa e, numa jogada tão à frente que eu não a vislumbro, aposta num segmento que tem apetência por esta ferramenta? Caiu no paradigma de "sociedade de lazer" que está a afundar a "velha Europa"? Acha que "cool" é lançar os produtos para os jovens-trendsetters que depois toda a gente os segue? Enfim não percebi...

Resumindo enquanto o "Promote Yourself" da Glooq aponta para um uso profissional e empresarial em Portugal é umbilical... I wonder why...

BLOGUES: Estamos todos a falar em círculo?

Um blogue para quê? Antes de mais para ter voz! Todos achamos que temos alguma coisa de relevante para gritar ao mundo... A questão é saber quem é o "mundo" e se está minimamente interessado no que temos para dizer...

Surge-me esta dúvida existencial blogueira  a propósito de uma ferramenta que a WordPress disponibilizou para os seus bloggers - o PressTags. Para que serve? Para os bloggers da WordPress saberem sobre o que andam os outros bloggers a postar e a re-postar... num circuito mais ou menos fechado, em que uns bloggers seguem os outros que seguem os outros e os re-postam, num círculo infernal em que todos falam do mesmo, repetem o mesmo e acham que estão a seguir, ou mesmo a "cavalgar" uma tendência...

Desolação total o posicionamento desta ferramenta! Quando ouvi falar dela acreditei que teria sobretudo interesse para as Marcas, para os "trendhunters", enfim para aqueles que querem saber quais são os buzz de hoje para anteciparem as tendências que vão ser os buzz de amanhã... mas não!
É apenas mais uma visão umbilical dos bloggers sobre si próprios. 

Se este blogue um dia ficar assim - por favor internem-me. 
Pronto! Não exageremos - peçam-me só para o fechar :(

MOVIMENTO MILÉNIO

Quem se chega à frente?

O descontentamento, as páginas de protesto na Facebook, os resmungos... ok! Servem para desabar, não muito mais... 

Então vamos lá a concretizar: que ideias temos? Como "reformar" o paradigma empresarial? Como deveria evoluir a nossa relação com o consumo? e das empresas com os seus consumidores? e com a comunidade? A desertificação do interior, a sobre-população das cidades, o trânsito? que ideias temos sobre estas questões? somos capazes de desenvolver algumas? A nossa classe média com escassos recursos civilizacionais e culturais e depauperada vai continuar a sustentar este modelo político? Este modelo político faz sentido? Há outros aplicáveis? A falência das Instituições está à vista? e agora?

O Expresso e o Millénnium bcp lançaram a plataforma MOVIMENTO MILÉNIO onde a partir do próximo dia 22 de Fevereiro poderemos submeter os nossos projectos e ideias dentro das 4 áreas consideradas estruturantes para o país:
  • Negócios
  • Cidades
  • Consumo
  • Democracia
Para além de considerar excelente a iniciativa de apelar à concretização, sistematização e apresentação de soluções decorrentes do crescente descontentamento vago e disperso, acho muito interessante o modelo da iniciativa. Em cima das actuais tendências:
  •  O público habituou-se a "ter voz", aqui tem uma plataforma para passar do desabafo inconsequente à apresentação de soluções pensadas e estruturadas.
  • Numa sociedade cada vez mais visual, a apresentação de ideias deverá ser feita em vídeo, devendo o próprio apresentar deste modo a sua ideia ou projecto - estará no ar para revelar a sua ideia ao mundo
  • Numa sociedade já habituada a intervir a escolha das melhores ideias e projectos será feita por especialistas, mas também pelo público em geral...
  • A própria plataforma é uma solução viabilizada por uma pareceria de 2 Marcas, modelo que a meu ver é uma das maiores tendências de evolução - as parcerias, o cooperação e até a coopetição...

Da conversa de café seja ela de bairro ou virtual vamos ver agora as ideias que surgem para renovar a sociedade, a economia e o país...

7 MARAVILHAS DA GASTRONOMIA

O meu optimismo por vezes entusiasma-se!

Toda a gente fala em apostar na INOVAÇÃO (mesmo sem saber o que isso é e o que implica... mas já é um bom começo...).
(Quase) toda a gente a virar-se para o Mar, mesmo aqueles que a seu tempo e nas negociações para a nossa entrada na então CEE, desmantelaram a nossa frota marítima e pesqueira...
(Quase) toda a gente a aperceber-se que Turismo em Portugal não é só as "sunny beaches do Allgarve".

A vida ensina-nos que muitas vezes os nossos pontos fortes decorrem dos nossos pontos fracos. O mesmo se passa  com os países.
Portugal é um país pequeno. Numa sociedade de massas isto é um ponto fraco.

Do ponto de vista turístico é poder oferecer praia, costa, montanha, planície, rafting, caminhadas, surf, termalismo ou ruínas romanas em poucas horas de deslocação.
E a gastronomia. Todos nós sabemos que temos a melhor gastronomia do mundo. Os que cá vêem ficam a saber. É um dos principais "assets" deste país!
Este ano o Luís Segadães da New 7 Wonders Portugal vai promover o nosso património desta vez à mesa. Adequando o formato a um público cada vez mais habituado a ter voz, qualquer um pode apresentar sugestões. Depois de eleitos os finalistas por especialistas os vencedores serão escolhidos novamente pelo público através de sms, chamada telefónica, no site oficial ou Facebook. A concurso vão estar: 

  • entradas
  • sopas, 
  • marisco, 
  • peixe, 
  • carne, 
  • caça,
  • doces.

A apresentação oficial deste evento decorre hoje na Casa do Campino em Santarém e brevemente poderemos começar a apresentar sugestões do nosso Património Gastronómico.

ATÉ QUE PONTO A "SOCIAL MEDIA" IRÁ MUDAR O PARADIGMA?

Saltam como cogumelos! (de onde terá vindo esta expressão...???)
No início de cada ano as previsões e as tendências para o ano proliferam de todos os lados... 
Em 2011 (para além da "Crise", da "Recessão" e do "Relançamento da Economia..) os gurus continuaram a interessar-se muito pelas redes sociais: os impactos na sociedade, na economia, na comunicação e no Marketing... muito mais do mesmo...
sproutsocialinsights
Partilho convosco um artigo que para além de profetizar o que todos já viram: a relevância crescente da produção de conteúdos, o crescimento do impacto das aplicações "mobile, etc, etc... Surge com um pensamento original:
A ideia de que a Internet (com o exemplo dos "Facebook crédits" para os jogos) pode vir a ser o 1º passo para uma moeda única Universal... 
Com o alargamento do euro a praticamente toda a Europa, com um objectivo semelhante na agenda da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) parece emergir uma tendência para homogeneização da gestão da Moeda. Este princípio carece, obviamente, de uma plataforma à escala global e a Web é isso mesmo... 
Este conceito está já a ser utilizado, por exemplo, no Facebook que de há uns meses para cá começou a disponibilizar os "FACEBOOK CREDITS", que são uma unidade monetária virtual, utilizada pelos seus utilizadores para jogos e aplicações.
Com a relevância à escala mundial, e dado o seu número crescente de utilizadores, esta pode vir a ser a tendência do ano na social media, com potencial para vir a ter um impacto global muito para além do Farmville... :)

CROUDFOUNDING - de startups a casamentos viabilizados online (Brasil)

Este conceito não é absolutamente novo. 
É uma lógica de Microcrédito para viabilização  de pequenos negócios. 
Uma das minhas amigas do TST e Facebook é,  dinamizadora do projecto KIVA, uma organização que possibilita a qualquer um de nós ajudar ou ser um dos que ajuda a viabilizar um projecto.
A Exame brasileira num artigo sobre este tema apresenta várias plataformas online que vão de estruturas de apoio a startups a acções de crowdfound para financiar desde a publicação de livros a casamentos... :) Haja imaginação!
Para além da ironia de algumas das abordagens e o impacto positivo de outras (quando uma iniciativa individual avança, toda a sociedade avança...) este fenómeno faz sobressair uma tendência que se julgava cristalizada - a da cooperação e interajuda! 
Numa sociedade muito individualista é interessante ver a contra-tendência a essa característica sob a forma de solidariedade social, para já, e neste contexto, assente sobretudo em pessoas, como cada um de nós... mas com potencial para evoluir quando as empresas perceberem que podem ter aqui um papel muito importante.
As políticas de responsabilidade social perdem-se entre o quase nada e o brincar à caridadezinha. Em países emergentes ou em crise esta solução de cooperação entre a comunidade e as empresas pode ser uma forma sustentável de fazer evoluir a economia.
O velho Marketing já era... e pergunto-me se as empresas não deveriam estar atentas a estas pequenas iniciativas a que podemos chamar start ups que de alguma forma se poderiam encaixar nos seus processos integrados - de fornecedores aos clientes, com as vantagens decorrentes de externalizar actividades que não sejam "core" do negócio.