Young ou "Young for Ever"?
Nos anos 80 e 90 os jovens - os "teen" eram o target (pelo menos "aspiracional) de quase tudo. A publicidade (e sobretudo a da Coca-cola) criou um "universo jovem" para o qual todos as marcas se precipitaram alegremente!
Bancos, automóveis, telecomunicações... tudo!
Na década em que vivemos, uma certa premência do "sentido do real" e de sustentabilidade e a busca de estilos de vida mais saudáveis, acabaram por cimentar a noção de que a nossa saúde e até a nossa juventude não são uma "fatalidade, de caras, mas, estão, em grande parte, na nossa mão, até porque grandes progressos técnicos passaram a permitir, hoje, manter uma aparência jovem até muito mais tarde...
Ao mesmo tempo, a sociedade tornou-se menos esteriotipada esbatendo as fronteiras comportamentais que definiam as gerações anteriores... à minha mãe nunca lhe ocorreria andar de mota aos 45 anos. Hoje, os grandes motões estão nas mãos desta faixa etária...
Resumindo: hoje viver "jovem" prolonga-se por várias décadas.
Com isto os realmente jovens perderam o interesse aspiracional. Outro, nunca tiveram: não têm grande poder de compra e o objectivo de "conquistar consumidores para a vida" é um grande mal-entendido sobretudo agora quando a fidelidade às marcas é, cada vez mais, uma miragem...
Se considerarmos que se é realmente jovem (leia-se "teen") durante cerca de uma década e se vive jovem durante várias, pergunto-me: porque continuam marcas de produtos "não-teens" a comunicar nesse "mood"?
Ninguém quer ter 15 anos! Nem os próprios!
Tribos? Ainda existem?
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Depois há paixões de conveniência, às quais se dá facadinhas por imensas razões... até pelo preço! Aqui não há espaço para o engagement... o melhor que as marcas podem ir tentando fazer é conectar-se, criar relação e aumentar o nível de "experiência"...
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