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APPLE - O poder de uma LOVE BRAND

Steve Job e companhia estão a conseguir uma impressão significativa na mente da "próxima geração".

Segundo o DURACELL KIDS REPORT sobre o que querem para o próximo Natal 39% dos ingleses mais pequenos entre os 5-16 anos, disserem querer produtos da Apple:

geekosystem
1) iPhone 4 (14%)
2) iPod touch (13%)
3) iPad (12%)

Considerando que há uma clivagem entre os mais pequenos 5-8 anos e os mais crescidos 12-16, concluí-se que os jovens não são já a "próxima" geração Apple - são já Brand Fans...

... Más notícias para a Playstations, Barbie, Lego, Nintendo... esta última não aparecendo sequer no TOP10!

INOVAÇÃO? COMEÇE POR CRIAR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO

De repente toda a gente quer Inovar! A Inovação é o novo D.Sebastião! Há sempre um a atravessar a bruma...! E é desta! É este que nos vai salvar !!!!!!!!!!!!!

Dificilmente! A Inovação floresce numa cultura própria.
Portugal e as suas Empresas têm dificuldade em criar um ambiente que promova a Inovação. Criatividade e "ter ideias" é outra coisa... isso é fácil! Em Portugal então é o que não falta... !

Desde logo a cultura do consenso para que resvalamos. O medo do conflito! 
Mas as equipas inovadoras nunca estão de acordo entre si! Desafiam-se, lançam novas ideias para a arena sem medo do erro nem da discussão. Sem medo do disparate! Sem medo do ridículo! Ridículo é não ter ideias! Ridículo é fazer como sempre se fez!
Como promover equipas inovadoras?
  • Boas ideias não caem do céu. Para serem relevantes precisam de uma "cultura do conhecimento". A organização precisa partilhar uma mesma Visão e conhecer os objectivos estratégicos. O conhecimento tem que ser real. (no meu trabalho de consultora deparo-me com muitos "mitos urbanos" a serem tomados como "conhecimento"...)
  • Promover a cultura das boas ideias - só é má ideia não ter ideias! Afinal só há uma certeza - fazer até aqui trará os mesmos resultados. O paradigma mudou. Precisamos novas maneiras de fazer... Ideias controversas são motivadoras. E nem sempre vêm da respectiva área de trabalho. 
  • Assegure o respeito pelas ideias. Não é nada pessoal pois o focus da discussão é o conteúdo. Promova o desassombro. Não se leve demasiado a sério e promova esse comportamento no resto da equipa. A Inovação floresce num clima positivo e com sentido de humor. Não precisa ser o Líder para fazer isto. Este é o tipo de atitude contagiante que apenas precisa ser apoiada pela Gestão de Topo para se espalhar pelas organizações.
  • A Inovação precisa de liderança próxima. A Gestão de topo tem que estar empenhada. Tem que assegurar que as boas ideias são realmente discutidas e implementadas quando e se oportuno.  E tem que garantir que da discussão entre áreas  não perduram ressentimentos. Liderar é optar e nunca ninguém gosta de ver a ideia do vizinho ir em frente e a sua enfiada na gaveta...

Fazer como até aqui trará os mesmos resultados


Intenso o trabalho que tenho feito em consultoria, sobretudo agora nesta fase de planeamento do próximo ano.

Desbloquear. É sobretudo isto o que tenho feito!

Analisar e fazer o diagnóstico. Até aqui estamos todos de acordo.  A partir daqui as empresas entram em depressão. É só problemas: com o retalho, com fornecedores, clientes, quotas de mercado, margens II a baixar... Quem vem de fora consegue então aperceber-se que o Plano do ano seguinte não é um Plano. É um somatório de respostas táticas a problemas identificados este ano!

 O Plano é assente em cima problemas! Ora o Plano não deveria ser mais estratégico? Onde estão as grandes vantagens competitivas? Qual é a nossa diferenciação? Quais as forças que se destacam? O que fazemos bem e que ainda poderíamos fazer melhor? É claro que estas questões são muito mais motivadoras para o planeamento do ano seguinte do que "problemas"!

Haja ou não na Empresa um processo de Planeamento, e seja quais forem as ferramentas utilizadas para isso, a minha recomendação para quem está a planear o ano seguinte é:
  1. Analisem e façam o diagnóstico.
  2. Reflitam antes de começar a agir. Mas não sejam defensivos. Os problemas são para ser levados em linha de conta, mas não os drivers da acção! Identifiquem as Forças, as Linhas de acção (2 ou 3)  que vão "fazer" o próximo ano.
  3. Decidam o que vão fazer diferente. Se continuarem a fazer como até aqui vão obter os mesmos resultados. Ou piores. Inovem. Criem uma cultura de inovação nas vossas empresas. Inovação em produtos, abordagem a clientes, novos mercados. Inovação em processos. 

Comecem por inovar no processo de Planeamento! Lembrem-se que não é preciso reagir a todos problemas. Alguns não têm solução. Ponto.
Focus: vantagens e forças! Sejam selectivos quanto ao que vão mudar. Definir planos de acção para todas as questões é uma tremenda perca de tempo numa fase de planeamento estratégico. Deixem isso para as vossas equipas!

Sobretudo tenham em atenção que embora as pessoas tendam a motivar-se com objectivos ambiciosos, objectivos demasiado grandes e com resultados num futuro demasiado longínquo podem ter o efeito contrário.

Dividam o objectivo grande em 2 ou 3 milestones. Estes objectivos parcelares permitirão criar oportunidades de celebração e motivação intercalares. Ao mesmo tempo, e num mundo em que as variáveis mudam constantemente estes momentos serão também  momentos de reflexão e, caso se justifique, de re-alinhamento do objectivo inicial. 

Envolva as pessoas que têm responsabilidades de planeamento e outras que não são habitualmente envolvidas. Encontre as pessoas que, dentro ou fora da organização, lhe tragam visões novas e abordagens diferenciadoras.

Experimente esta pergunta: "Que pequenina coisa é possível implementar que faça uma maior diferença"? Sem megalomanias :)