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Um país à deriva

Já que não temos um rei que tenha sido educado na função, ao menos podíamos ter uma governação profissional: uns tipos, do género bons gestores.
As vantagens seriam muitas. Desde loga a aplicação ao país das regras de gestão empresarial.
Começando pelo princípio: A Visão e a missão do país.
Não chega a bom porto quem não sabe para onde vai. A verdade é que o país e os portugueses não têm uma ideia clara para si próprios: para o que servimos? qual é a USP do país? há alguma vantagem competitiva? quando "lá fora" se pensa em Portugal qual é o Brand Image? para além do Figo e do Cristiano Ronaldo, claro.
Outra definição estratégica de base muito importante é a nossa posição relativa no enquadramento competitivo. Quem são os nossos concorrentes? A Espanha? Os Palops? Os países de Leste? O resto da União Europeia? O Norte de África? Somos um pequeno país, desde sempre em "vias de desenvolvimento", e só não somos um país subdesenvolvido por uma questão de vizinhança: estamos ao lado da Espanha, e apesar de na "ponta" fazemos parte da Europa, só isso nos safa de andarmos todos descalços...
Vamos fazendo umas coisitas... agora o conceito de produto é "west Cost"; a pergunta é, mas durante quanto tempo? E o conceito integra o quê? Qual o património iconográfico que lhe vai dar sentido? O sol e as praias de sempre? Os roteiros gastronómicos (isso é que era... se não fosse a ausência de "serviço"), os campos de golf? A história? A diversidade de opções? Ou tudo, e portanto nada?
Com a "west coast" chegaram lá perto, mas... Portugal não é o fim da Europa! É o PRINCÍPIO do Atlântico!