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ASIA CAPAZ DE IMITAR, MAS NÃO DE INOVAR?

Nos últimos anos o so called "ocidente" tem vindo a perder milhões de empregos para a China, Índia, Coreia do Sul, Taiwan, Vietnam...
Portugal tem sofrido bastante com a deslocação dos centros de produção para os países de Leste... A tradicional aposta em factores de produção (leia-se: mão-de-obra) baratos, não retém conhecimento, não estimula o desenvolvimento tecnológico, não impulsiona o I&D...
Sendo um país pequeno, com 10 milhões de habitantes com pouco poder de compra, e, portanto, sem dimensão para gerar a massa crítica suficiente que torne rentáveis negócios de volume, tenho defendido que a estratégia do País deveria de passar pelas indústrias, serviços e produtos de valor acrescentado, pela capacidade de criar marcas (que nenhum destes gigantes asiáticos, ou a Russia, ou outros países de Leste demonstrou ainda conseguir fazer). Em suma: aproveitar o espírito inovador dos portugueses para "fazer diferente".
Eventualmente quando (e se...) chegar a esta conclusão se já demasiado tarde.
Desde que a Bloomberg Business Week iniciou, em 2005, o seu ranking das "Most Innovative Companies", este é o 1º ano em que o Top 25 não é essencialmente americano. Porquê? Há muitos new-comers asiáticos!
Estes países até agora, têm vindo a apostar na produção massificada e na imitação, mas estão a virar-se para a inovação. Vão começar a criar marcas e se, enquanto nós, como País não soubermos identificar os nichos, as "especialidades", à nossa altura, as em que nos podemos destacar, não temos rumo, e andaremos a caminhar contra uma marabunta avassaladora... :(

Abaixo a concorrência - viva o cliente!

Medo.
Estão todos com muito medo.
As empresas, os gestores, os mercados...
Nestas alturas olha-se mais do que nunca para a concorrência: sobretudo para os preços que praticam, os produtos em que apostam, etc.
Ora, demasiado foco na concorrência leva à conformidade... que não leva a lado nenhum... Nas faculdades, no dia a dia das empresas fala-se bastante de "ser diferente" e de "diferenciação"!
Como se cai então na conformidade?
- A olhar para a concorrência: um baixa o preço, outro introduz uma ligeira alteração... e, em vez de tentarmos perceber o que seria
SIGNIFICANTE PARA O CONSUMIDOR, caímos na tentação de seguir o padrão! O espaço está para as empresas que conseguem quebrar o paradigma de forma significativa e relevante para o consumidor. Mais do que nunca a resposta não está no "rolling forecast", no "business plan" - a resposta está em quem, no final do dia, paga o dinheiro pelos nossos produtos.
É no consumidor que as empresas devem focar a sua atenção, ouvi-lo, escutá-lo... e desenvolver os produtos e as estratégias que vão ao seu encontro.