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Redes sociais? Ou a sociedade em rede?

De há uns tempos para cá tenho ganho a convicção de que o que fará a diferença será cada vez mais o "P" de "People"; quanto aos outros "P", o seu papel será cada vez mais instrumental, logo, com um peso cada vez menor na capacidade de "fazer a diferença" no sucesso do negócio.
As pessoas, não como "massas", como Individuos, com uma capacidade crescente de aceder à informação, e mais importante do que isso, com voz. Ao mesmo tempo, espanta-me que as áreas de Marketing, de onde se esperaria que saíssem, em antecipação, as evoluções de paradigma, continuam a agarrar-se (diria, desesperadamente, mesmo...) às soluções de sempre... Se a sociedade evoluiu, a maneira de comunicar terá também de evoluir... Não estou a falar de colocar umas popups nuns sites, ou, o que mesmo assim já é um bom passo... as Marcas terem perfis no Facebook que lhes permitam estar à conversa com o consumidor...
Estou a falar de uma verdadeira lógica de rede. As empresas, têm que começar a (re)pensar os seus negócios, sobretudo ao nível dos processos e das abordagens aos cliente e consumidores de acordo com as novas formas de organização e de interacção da sociedade. A sociedade, quase todos nós, estamos, hoje, ligados em rede.
Dentro da organização cada colaborador é um múltiplo touchpoint com o exterior... ... E é justamente neste contexto, e porque estamos num período de"crise" que as empresas mais têm descurado a motivação e o sentimento de pertença dos seus colaboradores. Há até as que estão, sob este pretexto, a fazer exactamente o contrário...
Mas a verdade é que sendo incontrolável o que se escreve, diz e comenta sobre as empresas e as marcas, e sendo certo que todas as empresas têm elas próprias colaboradores que, também eles, estão nas redes sociais, nos fóruns, etc... estamos agora no tempo em que as empresas têm que "arregimentar" os seus colaboradores.
Em alguns países está a começar-se a fazer trabalhos interessantes no sentido de alinhar o "personal Marketing" dos colaboradores com os objectivos da empresa... Ganha-se na valorização dos colaboradores, no feedback e na aproximação aos consumidores...

3 comentários:

Maria disse...

A sociedade evolui normalmente dentro dos padrões daquilo que é a sua célula primária a família. Hoje as próprias famílias são uma rede: os teus filhos, os meus filhos, os nossos, os meios irmãos de uns e de outros num network famíliar de váriõs irmãos, mães, pais, tios, primos, avós....

A sociedade vai no mesmo caminho as empresas é que como dizes ainda não!!!

Rodrigo Müller disse...

Bem, a sociedade em rede é uma realidade... E desde a publicação do seu texto algumas mudanças ocorreram na forma de atuação de muitas empresas. No entanto, a maioria ainda insiste em técnicas 'consagradas', se abstendo de adentrar mais a fundo nas redes que a sociedade vem construindo...

Nicho de mercado? Talvez... Oportunidade de aprendizado? Com certeza.

Abraços.

Margarida Pedroso Ferreira disse...

Sim este post já tem um tempinho.
Vivemos numa época bem interessante! O paradigma é que não há paradigma. .. está a ser construído todos os dias, e a evoluir e a mudar.
Obrigada por partilhar a sua reflexão.
M