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GLOOQ - EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL OU SOLUÇÃO EMPRESARIAL?

Entrei em contacto com o Glooq, by Zon pelo facebook.
Deixa cá ver...



É um serviço da Zon (vem na factura,  tipo Sport TV, mas mais barato...) e o conceito português é que permite costumizar e-mails enviados a partir do Outlook.

Quero acreditar que a Zon não lança produtos sem antes avaliar o seu potencial de mercado para definir pelo menos posicionamento e target... Ambos aparentemente transmitidos neste filme. A linguagem é muito jovem remetendo para um target dos 15-20 anos.

Pergunto-me: este público usa o Outlook? Ainda envia e-mails? ou é tudo muito mais mobile e redes sociais? 
Confesso que não vejo afinidade entre este produto e o target a que parece destinado...

O conceito parece-me mais adequado para Pequenas Empresas e Profissionais Liberais que utilizam certamente o meio - Outlook - e têm vantagens em juntar uma imagem mais institucional, promocional ou até mesmo publicitária nos e-mails que enviam...
Este é o posicionamento que é apresentado no site oficial da GLOOQ.



Pergunto-me:a Zon fez realmente o trabalho de casa e, numa jogada tão à frente que eu não a vislumbro, aposta num segmento que tem apetência por esta ferramenta? Caiu no paradigma de "sociedade de lazer" que está a afundar a "velha Europa"? Acha que "cool" é lançar os produtos para os jovens-trendsetters que depois toda a gente os segue? Enfim não percebi...

Resumindo enquanto o "Promote Yourself" da Glooq aponta para um uso profissional e empresarial em Portugal é umbilical... I wonder why...

5 comentários:

Ricardo Vales disse...

Margarida, questionei-me também das perguntas que fizeste. E, mais. Se pensam nas pequenas/médias empresas, estas não vão gastar 5€ por mês para personalizar mails com banners.

Para isso contratam um designer que desenhe vários banners e campanhas que podem ir mudando e enviar a cada cliente um produto diferenciado.

Tal como tu, não me apercebi qual o público que se tenta atingir com o Glooq. O consumidor final? Com que motivo é que quereria estar a personalizar uma mensagem de Outlook que, como bem dizes, está praticamente desactualizada, a não ser por motivos profissionais.

Não estou a ver o consumidor/utilizador final a marcar cafés, convidar amigos paras festas a pagar x para personalizar e-mails... E a fazê-lo deste modo... Antes, cria um evento no FB e convida os amigos. Envia SMS. Digo eu...

Maria disse...

Também não percebo... Para as PMEs deve valer mais a pena ter uma avença com um Web designer para soluções muito mais interessantes e efectivas.
Este glooq só mesmo para micro-empresas e profissionais liberais ou freelancers... aí até percebo...
Os jovens é que não! Acho que eles já não utilizam o mail - é tudo SMS e FB
Acho que a Zon está em delírio...

Maria disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Margarida Pedroso Ferreira disse...

Chegou-me da Zon o seguinte esclarecimento:
1. O Glooq tem claramente interesse para o segmento SoHo e PME, onde nos estamos a relançar, de uma forma mais abrangente e integrada. Só que também pode ser muito apelativo para o segmento dos clientes “residenciais”, onde temos a nossa grande base de clientes. Porque não imaginar que, também esses clientes, possam querer dar a conhecer o seu blog, o seu perfil do Facebook ou LinkedIn, a sua galeria de fotos no Flickr, etc.? Ou seja, há imensa gente que se sente motivada pela notoriedade que tem ou pode vir a ter no mundo “online” e esta é uma ferramenta que pode apoiar na divulgação dos seus projectos, individuais ou colectivos.

2. Reforçando o ponto anterior, ao nível desta divulgação de projectos, ideias e causas, por indivíduos, o Glooq pode ser um valioso aliado na comunicação e promoção de causas ou movimentos (e.g., ambiente, protecção dos animais, apoio a uma instituição de solidariedade específica).

3. Sobre a utilização do e-mail, é verdade que os miúdos não usam muito o e-mail (tenho o exemplo lá em casa!), mas é discutível a sua não utilização no futuro. Tem muito a ver com o contexto e o e-mail continua a ter enormes mais-valias sobre as “comunicações instantâneas” da moda, especialmente num contexto de trabalho (e os jovens farão necessariamente parte do mercado de trabalho). Mais uma vez, o target do Glooq (nesta nossa abordagem) aponta para “jovens mais maduros” e para a sua eventual necessidade de comunicar e promover os tais aspectos pessoais ou colectivo de que falei… sem deixar de “piscar o olho” a uma camada mais jovem…

Em resumo, o que estamos a fazer é a testar e promover a apetência da nossa significativa base de actuais e potenciais clientes residenciais com um novo produto e serviço. Estamos a “criar mercado”. É um passo arriscado? Sim. Acreditamos que vai ter sucesso? Sim. O futuro o dirá…

Margarida Pedroso Ferreira disse...

Aqui ficou o ponto de vista da Zon que apresenta um enquadramento estratégico. É uma opção de "criar mercado". Os meus comentários são os mesmo já referidos no post... Mas que se registe a prontidão de uma resposta estruturada! :)