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De ZÉ POVINHO a "Kiko"?

Quase morria um bocadinho de cada um de nós quando se começou a falar do fecho da Fábrica de Faianças de Rafael Bordalo Pinheiro.
Não é a primeira vez que a Fábrica conhece maus dias: Do passado glorioso das peças do Autor e das criações para a Exposição do Mundo Português até hoje manteve-se a tradição, o nome, as faianças de couve, o Zé Povinho... mas não se evoluiu, não se inovou.
Tendo ícones tão emblemáticos torna-se mais fácil criar uma "marca de culto". Ainda para mais com a possibilidade sempre interessante de poder conjugar a criação de "mass products", como os pratos ou as terrinas, com peças de arte e decorativas como os animais gigantes... Faltou visão, inovação, marketing.
Uma vez mais se prova que não basta bons produtos, saber ancestral, garantia da qualidade. Há que escutar: Escutar o consumidor e ler as tendências das sociedades para acompanhar senão antecipar, com Inovação.
Inovação em produto, conceitos, processos, abordagens ao negócio. Inovação na procura de novos parceiros, designers, novas tipologias de clientes, novos mercados...
Sem nunca esquecer que as marcas de culto, se apoiam no passado para alavancar a projecção para o futuro - onde têm os olhos fixos - para a frente! Não para trás, nem para um passado que, um dia, foi glorioso.

2 comentários:

jorge-eo disse...

Num país com poucos factores críticos de diferenciação, é pena que se vá jogando para "manter o resultado" (que como se sabe é meio caminho andado para perder o jogo!), em vez de jogar lá à frente para MARCAR e GANHAR!
Depois lá se vai estender a mão ao Governo e lá vem o Xocras e o Pinho a aproveitar p/fazer "vista" em ano de eleições!!!

Maria disse...

Mas oh menino é que nem pensar... quem nasceu para Zé povinho nunca chega a Kiko... povinho, pequenino, mesquinho..inho...inho...inho